PPGQUIM/CCET

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LETICIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
DATA: 22/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE ESFERAS DE AMIDO DO MESOCARPO DE BABAÇU E ALGINATO DE SÓDIO COMO MATRIZ CARREGADORA DO FÁRMACO METRONIDAZOL
PALAVRAS-CHAVES: Misturas poliméricas; Mesocarpo do babaçu; carboximetilação do amido; liberação de fármaco;
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Química
RESUMO: Este trabalho teve como objetivo avaliar esferas à base de alginato de sódio e amido extraído do mesocarpo do babaçu como uma matriz para a liberação controlada do fármaco metronidazol. O amido foi obtido pelo método de extração em água e o mesmo foi sintetizado pela reação de eterificação utilizando o ácido cloroacético como agente eterificante, resultado em carboximetilamidos com graus de substituição (GS) de 0,15 ± 0,01 e 0,3 ± 0,01. As amostras de amido do mesocarpo do babaçu (AMB) e carboximetilamido (CMA) foram caracterizadas através de Análise FTIR e MEV e os resultados comprovaram a surgimento de novas bandas características dos grupos carboximetila e a mudança estrutural dos grânulos após a modificação. O estudo de solubilidade e intumescimento das amostras do AMB e CMA mostrou que essas propriedades foram melhoradas após a modificação devido à natureza hidrofílica do carboximetilamido. Para determinar os teores de amilose do amido nativo e modificado, foi utilizado método colorimétrico a partir da complexação do amido com o iodo. As amostras apresentaram uma grande variação no teor de amilose, de 28,0 ± 0,89, 4,70 ± 0,21 e 3,32 ± 0,04, comprovando a redução da macromolécula após a modificação. O fármaco metronidazol foi incorporado as matrizes poliméricas de alginato de sódio/amido do mesocarpo do babaçu e alginato de sódio/carboximetilamido (GS = 0,15 e GS = 0,3) na proporção 1:1, obtendo esferas através da gelificação ionotrópica a partir do gotejamento das suspensões em uma solução de CaCl2 que foram endurecidas com cetona e secas em estufa. A interação entre os polissacarídeos e a incorporação do fármaco foram comprovadas pelos resultados do FTIR e MEV. O estudo de dilatação e erosão das esferas mostrou que a capacidade de absorção das esferas foi melhorada nas esferas contendo o CMA, que também influenciou na erosão que foi diminuída com o aumento do grau de substituição do amido aniônico. A eficiência de encapsulamento variou de acordo com a a composição das esferas. Nas esferas de alginato e alginato/amido in natura a EE foi 35,99% ± 5,40 e 53% ± 4,23 e para as esferas de alginato/carboximetilamido, a EE obtida foi 69,57% ± 3,94 e 73,89% ± 5,22. Os ensaios de liberação demonstraram que em meio gástrico, as esferas apresentaram uma baixa taxa de dissolução, sugerindo uma gastrorresistência em pH baixo. Em meio entérico simulado, percebeu-se uma liberação ainda nos primeiros 15 minutos, porém, após 150 minutos de experimento, as amostras de ALG.CMA2 (GS = 0,3) manteve a mesma taxa de dissolução até o término do experimento, sugerindo um controle na liberação do metronidazol.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2225626 - ANA CLECIA SANTOS DE ALCANTARA
Interno - 1632233 - RITA DE CASSIA SILVA LUZ
Presidente - 407612 - SIRLANE APARECIDA ABREU SANTANA