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Banca de DEFESA: AGLAETE DE ARAUJO PINHEIRO

2022-02-17 19:06:48.448

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AGLAETE DE ARAUJO PINHEIRO
DATA: 23/02/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E BIOPROSPECÇÃO DE Annona tomentosa R. E. Fr. (ANNONACEAE)
PALAVRAS-CHAVES: Annonaceae. Flavonoides. Alcaloides. Potencial biológico.
PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Química
RESUMO: Annona tomentosa R. E. Fr., conhecida popularmente como “araticum”, é uma espécie não endêmica do Brasil, pertencente à família Annonaceae. Comunidades nativas relatam seu uso, principalmente para tratamento de infecções microbianas, parasitárias, dores e inflamações. Contudo, são poucos os trabalhos publicados na literatura acerca da composição química e avaliação farmacológica da espécie. Deste modo, no presente trabalho foi realizado o estudo fitoquímico e avaliado o potencial biológico, a partir de testes antioxidante, enzimático, antimicrobiano, citotóxico (in vitro) e de toxicidade aguda (in vivo) do extrato bruto e frações acetato e alcaloídica da casca do caule de A. tomentosa. Através da análise do extrato metanólico por Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de Massas (LC-MS), foi possível identificar onze compostos das classes dos ácidos fenólicos, flavonoides e alcalóides, sendo a maioria deles identificados pela primeira vez na espécie. Na avaliação do potencial antioxidante, pelos métodos de DPPH e ABTS, o extrato metanólico (EM-AR) e a fração acetato de etila (FAC-AR) revelaram atividade (>50%) na maior concentração avaliada (10,0 μg/mL), de forma dose dependente e com baixa concentração inibitória média (CI50), nas mesmas concentrações do padrão. Em relação a capacidade de inibição enzimática de α-glicosidase, somente o extrato apresentou atividade, exibindo inibição acima de 95%, maior que a da arcabose, nas concentrações de 52,63 e 26,31 μg/mL. Quanto a atividade antimicrobiana, todas as amostras avaliadas apresentaram resultados promissores. Pelo teste de difusão em ágar, a FAC-AR exibiu halo de inibição (18,0±1,41 mm) maior que o do controle Imipenem (IMP) (16,5±9,0 mm) para Escherichia coli, e, por microdiluição, a fração FAC-AR mostrou concentrações inibitórias mínimas (CIM) de 10,4 μg/mL, menores que as dos fármacos IMP (12,5±0,00 μg/mL) e Fluconazol (FLZ) (13,3±4,62 μg/mL) para Staphylococcus aureus e Candida albicans. Além disso, a fração alcaloídica (FA-AR) também apresentou CIM (12,5±0,00 μg/mL) menor que a do controle FLZ (13,3±4,62 μg/mL) para C. albicans. No ensaio do biofilme microbiano, o EM-AR exibiu os melhores resultados. Para S. aureus, apresentou redução expressiva em 4×CIM90 (p<0.0001), e para C. albicans, mostrou resultados mais significantes (p<0.0001) que o controle positivo FLZ. No ensaio citotóxico em eritrócitos de carneiro (μg/mL) e de toxicidade aguda em larvas de Tenebrio molitor (μg/Kg), os resultados expressaram correlação, em uma faixa de concentração entre 1,0 e 100,0. O extrato e as frações não apresentaram toxicidade relevante frente ao modelo alternativo de invertebrados. O potencial terapêutico aliado à baixa toxicidade do extrato e frações abrem perspectivas promissoras para exploração da espécie A. tomentosa, visando o desenvolvimento de produtos a partir de extratos, frações e/ou moléculas isoladas, que sejam eficazes e menos tóxicos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2284981 - CLAUDIA QUINTINO DA ROCHA
Interno - 1222403 - IRANALDO SANTOS DA SILVA
Externo à Instituição - JOYCE KELLY DO ROSARIO DA SILVA - UFPA

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