Banca de DEFESA: ROMERIO RODRIGUES DOS SANTOS SILVA
2020-12-17 17:59:17.094
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROMERIO RODRIGUES DOS SANTOS SILVA
DATA: 18/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Web conferência pelo link: meet.google.com/vjs-pdiz-mbt
TÍTULO: O uso da lectina de Parkia platycephala como moduladora da atividade antibiótica e no controle de nematóides gastrointestinais de ruminantes.
PALAVRAS-CHAVES: Antibacteriano, anti-helmíntico, resistência, proteína.
PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Produção Animal
ESPECIALIDADE: Criação de Animais
RESUMO: Este estudo enfatiza o desenvolvimento de tecnologias para o manejo sanitário animal a partir
do uso da flora nativa da região e o desenvolvimento de sistemas agrosilvopastoris com plantas
nativas que possam reduzir infecções parasitárias e estabelecer conforto térmico para os
animais. Dentre as moléculas presentes em plantas nativas que podem atuar nesse
desenvolvimento estão as lectinas, proteínas de origem não imunológica com a capacidade de
reconhecer e se ligar de forma específica a carboidratos estruturais sem modifica-los e tem seu
uso reconhecido em diversas atividades biológicas, dentre as tais, antibacteriana e antihelmíntica, o uso de produtos naturais para essa finalidade têm ganhado mais notoriedade
devido à resistência bacteriana e helmíntica às drogas convencionais, comumente utilizadas na
produção de caprinos, ovinos e bovinos. Dentre os organismos considerados resistentes as
bactérias Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa estão entre os
mais frequentes que acometem animais de produção ocasionando infecções graves como
mastites, otites, meningites e abcessos, e os helmintos, Haemonchus contortus acometendo
pequenos e médios ruminantes de grande importância econômica. Nesse contexto este trabalho
teve como objetivo avaliar a capacidade de uma lectina de Parkia platycephala (PPL) em inibir
o desenvolvimento de Haemonchus contortus e modular a atividade antibiótica da gentamicina
contra cepas multirresistentes de S. aureus, E. coli e P. aeruginosa. A PPL não inibiu a eclosão
de ovos de H. contortus ou o desembainhamento larval. No entanto, mostrou inibição
significativa do desenvolvimento larvar com um CI50 de 0,31 mg/mL. A CIM obtida para a
PPL contra todas as cepas bacterianas testadas não foi clinicamente relevante (CIM ≥1,024
mg/mL). No entanto, quando a PPL foi combinada com gentamicina, um aumento significativo
na atividade antibiótica foi observado contra cepas de S. aureus e E. coli. A inibição da
atividade hemaglutinante pela gentamicina (CIM= 50 mM) revelou que esse antibiótico
interage com o sitio de ligação de carboidratos da PPL. A interação PPL-gentamicina pode está
diretamente relacionada com o aumento da atividade antibiótica da gentamicina contra cepas de
bactérias multirresistentes. A PPL apresentou efeito anti-helmíntico e modulou a atividade
antibiótica da gentamicina, podendo ser um novo recurso terapêutico contra cepas bacterianas
resistentes e nematóides gastrointestinais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2250782 - CLAUDENER SOUZA TEIXEIRA
Interno - 2250655 - IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA
Externo ao Programa - 2317698 - SAMUEL VIEIRA BRITO