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Banca de QUALIFICAÇÃO: JESSICA GONCALVES RODRIGUES

2024-06-20 09:31:59.223

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JESSICA GONCALVES RODRIGUES
DATA: 12/07/2024
HORA: 10:00
LOCAL: https://meet.google.com/cnh-dpmr-oog
TÍTULO: Dialeteísmo versus abordagem epistêmica: o caso do paradoxo do Mentiroso
PALAVRAS-CHAVES: Contradição. Paraconsistência. Paradoxo do Mentiroso. Dialeteísmo. Abordagem Epistêmica
PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Lógica
RESUMO: Na lógica clássica, uma contradição é sempre falsa. Considerando que um paradoxo pode ser tomado como um argumento que tem uma contradição na conclusão, a lógica clássica iria tomar o paradoxo como um argumento que tem uma conclusão falsa. Mas isso não necessariamente mostra que o argumento é inválido (o problema pode estar nas premissas e não nos passos do argumento). No entanto, apesar de na lógica clássica as contradições resultarem em falsidades, elas emergem em uma variedade de cenários, desde disputas médicas e científicas até contextos matemáticos. Para lidar com essas situações contraditórias sem tornar o sistema trivial (isto é, sem aceitar que tudo é verdadeiro), foram desenvolvidos sistemas formais paraconsistentes. Um sistema é considerado paraconsistente quando viola a lei da explosão, que diz que a partir de qualquer contradição se infere qualquer sentença. O surgimento desses sistemas foi crucial para o advento de diferentes interpretações da contradição, como a abordagem dialeteísta de Graham Priest (2006a;2006b). Essa visão sustenta a existência de contradições verdadeiras (dialeteias), especialmente evidenciadas por paradoxos, como o paradoxo do Mentiroso. Grosso modo, o paradoxo do Mentiroso pode ser visto como um argumento constituído de premissas aparentemente verdadeiras, seguindo passos aparentemente válidos, e que chega em uma conclusão aparentemente inaceitável (uma contradição). Na visão dialeteísta, o paradoxo é tomado como um argumento válido e que, portanto, devemos aceitar que sua conclusão (uma contradição) é verdadeira. Alternativamente, existem abordagens não dialeteístas que rejeitam a ideia de contradições verdadeiras, oferecendo interpretações alternativas. Nesse contexto, exploraremos, de maneira geral, a visão epistêmica de Carnielli e Rodrigues (2019a;2020), que considera as contradições como evidências epistemicamente conflitantes, porém não conclusivas. Assim, em tal visão as contradições verdadeiras são intoleráveis. Tendo isso em vista, o objetivo desta dissertação é tentar responder se as abordagens mencionadas fornecem uma explicação adequada para as contradições, como no caso do paradoxo do Mentiroso, ou se nenhuma pode ser considerada uma interpretação suficiente para tal paradoxo, o que, em última instância, pode comprometer a legitimidade da rivalidade entre as duas abordagens.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ABILIO RODRIGUES - UFMG
Presidente - 1396694 - EDERSON SAFRA MELO
Interno - 040.791.189-88 - JONAS RAFAEL BECKER ARENHART

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