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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAQUEL DO NASCIMENTO NEDER

2019-12-11 08:08:18.362

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAQUEL DO NASCIMENTO NEDER
DATA: 13/12/2019
HORA: 10:30
LOCAL: Sala de aula do PPGDSE
TÍTULO: Desenvolvimento econômico, estrutura e diversificação produtiva: uma abordagem voltada para o Estado do Maranhão
PALAVRAS-CHAVES: Desenvolvimento Econômico; Indicadores de desenvolvimento; Teorias do Desenvolvimento; Inclusão Produtiva; Diversificação Produtiva.
PÁGINAS: 123
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO: O objetivo da dissertação é o de realizar uma reflexão crítica do processo de desenvolvimento recente do Estado do Maranhão. Inicialmente realiza-se uma revisão da literatura sobre diversas visões e teorias sobre o desenvolvimento econômico e desenvolvimento regional, mostrando como estes enfoques contribuem para o que se observa atualmente neste Estado. Inicia-se este debate contrapondo-se os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico, passando pela eoria da Base de Exportação de North, a transmissão inter-regional do desenvolvimento de Perroux, Hirschman e Myrdal, enfocando finalmente com o xaso do Maranhão. Verifica-se que existe uma grande diversidade em termos de estrutura econômica entre distintos agrupamentos regionais e para alguns destes foi realizada uma contraposição destacando-se os sub-setores que predominam entre eles. Historicamente, o processo de desenvolvimento econômico do Estado do Maranhão é profundamente desigual e bastante concentrado em algumas regiões. Mesmo dentro destas regiões com níveis de desenvolvimento mais elevado destacam-se fortes desequilíbrios. A maior parte do Estado é formado por regiões com atividades econômicas de baixa capacidade de incorporação ocupacional, mesmo considerando-se apenas indicadores de ocupação formal. Constata-se empiricamente que o Estado tem se desenvolvido gerando fortes desequilíbrios regionais e sociais. Alem disto foi constatado empiricamente que o Estado do Maranhão, no período 2006 a 2017, presenciou uma profunda alteração na sua estrutura de produção agropecuária, apontando para um desenvolvimento fortemente desigual dos municípios. Um aspecto marcante que foi observado de forma geral é a acentuada redução da diversificação produtiva, sendo que este processo também ocorreu de forma bastante diferenciada no conjunto dos 217 municípios do Estado. Uma importante dimensão que foi contraposta a esta redução da diversificação produtiva é a redução concomitante da capacidade de absorção de mão-de-obra pelos estabelecimentos agropecuários e isto fica mais acentuado nos municípios que passam a ter uma estrutura produtiva mais concentrada quando confrontados com os municípios que não sofreram tão marcantemente estas transformações. Pela análise do comportamento geral dos indicadores no período verifica-se que a forte redução do número absoluto dos ocupados em atividades da agropecuária é consequência de dois processos: 1) o enfraquecimento da agricultura familiar representada neste estudo pelos estabelecimentos com 50 hectares ou menos e que nos dois anos apresentou os valores mais elevados de densidade ocupacional por área de estabelecimento assim como uma justaposição nos municípios com maior diversidade produtiva e 2) o elevado crescimento de uma agropecuária de maior concentração produtiva, com valores cada vez mais reduzidos de densidade ocupacional. Presenciou-se também uma considerável retração da densidade média ocupacional dos estabelecimentos de pequeno porte, sendo uma provável conseqüência de uma conjunção de fatores adversos que impactou este importante segmento socioeconômico do meio rural. A partir de dados desagregados por faixas de áreas do Censo Agropecuário de 2006 constatou-se que os pequenos estabelecimentos (os chamados estabelecimentos minifundistas) ocupam um número de trabalhadores por hectare muito mais elevado que os grandes estabelecimentos. Além disto, os pequenos estabelecimentos geram uma razão de valor adicionado por hectare muito mais elevado que os estabelecimentos de grande porte. Em síntese, os pequenos estabelecimentos aproveitam de uma forma mais eficiente as dotações do recurso terra disponível, tanto no sentido da capacidade de absorção produtiva do trabalho como no sentido da geração de valor adicionado por unidade de área.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407173 - BENJAMIN ALVINO DE MESQUITA
Interno - 407562 - JOSE DE RIBAMAR SA SILVA
Externo ao Programa - 2999906 - RODRIGO GUSTAVO DE SOUZA

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