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Banca de DEFESA: RAQUEL DO NASCIMENTO NEDER

2020-07-23 20:08:39.94

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAQUEL DO NASCIMENTO NEDER
DATA: 24/07/2020
HORA: 09:00
LOCAL: no sistema de trabalho remoto (link: meet.google.com/fdc-cbzh-sab)
TÍTULO: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, ESTRUTURA E DIVERSIFICAÇÃO PRODUTIVA: UMA ANÁLISE VOLTADA PARA O ESTADO DO MARANHÃO
PALAVRAS-CHAVES: Teorias do Desenvolvimento Regional. Diversificação Produtiva. Indicadores de densidade ocupacional. Desenvolvimento Rural. Ocupação Rural
PÁGINAS: 151
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi o de realizar uma discussão crítica do processo de desenvolvimento do Estado do Maranhão. Para isto, inicialmente foi elaborada uma leitura e interpretação das principais correntes de pensamento das teorias do desenvolvimento em geral e desenvolvimento regional, destacando-se entre estas as abordagens de North, Myrdal, Hirshman, Perroux e convergindo para o enfoque dos autores estruturalistas, principalmente representados por Celso Furtado, que foi utilizada como o principal anteparo teórico para a análise empírica. Verificou-se que existe uma grande diversidade em termos de estruturas econômicas entre distintos grupos homogêneos formados por microrregiões homogêneas do Estado. Especificamente, no âmbito das atividades da agropecuária o movimento econômico mais recente é pautado também por uma forte elevação da concentração produtiva, com um número cada vez menor de produtores e empresas abarcando a maior parte do valor da produção. Evidencia-se também que este modelo de desenvolvimento funciona como uma espécie de reprodução do velho modelo agrário exportador, com a especificidade de que é em grande parte um modelo de economia de enclave. Isto significa que a geração de renda da maior parte destas atividades econômicas mais relevantes do Estado não cria um fluxo circular internalizado em sua economia. O desenvolvimento do Maranhão foi pautado pela ênfase e no primado dos grandes projetos econômicos, sob a crença de que estes iriam alavancar outros setores e difundir- se para toda a extensão socio-econômica do Estado. Verifica-se que a desigualdade intra-regional do Estado do Maranhão, pode ser sobretudo entendida como resultado de um processo histórico de desenvolvimento determinado por estruturas polı́ticas e agrárias retrógradas. Ao mesmo tempo, percebe-se a intensidade do fenômeno da concentração econômica em um grupo restrito de microrregiões do Estado enquanto que o restante permanece em situação de estagnação socioeconômica. Percebe-se fortemente que a produção agropecuária do Estado subdivide-se em duas formas principais: a produção do agronegócio (soja, silvicultura e pecuária extensiva) e a produção de produtos da agricultura familiar. Os indicadores tratados mostram que existe uma forte tendência de redução da capacidade de incorporação de trabalho para estas atividades. O Estado do Maranhão, no período 2006 a 2017, presenciou uma profunda alteração na sua estrutura de produção agropecuária, apontando para um desenvolvimento fortemente desigual dos municípios. Um aspecto marcante que foi observado de forma geral é a acentuada redução da diversificação produtiva, sendo que este processo também ocorreu de forma bastante diferenciada no conjunto dos 217 municípios do Estado. Uma importante dimensão que foi contraposta a esta redução da diversificação produtiva é a queda concomitante da capacidade de absorção de mão-de-obra pelos estabelecimentos agropecuários e isto fica mais acentuado nos municípios que passam a ter uma estrutura produtiva mais concentrada quando confrontados com os municípios que não sofreram tão marcantemente estas transformações.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407173 - BENJAMIN ALVINO DE MESQUITA
Interno - 407562 - JOSE DE RIBAMAR SA SILVA
Externo à Instituição - LAURO FRANCISCO MATTEI - UFSC

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