PPGDSE/CCSO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAILSON MARQUES GARCEZ
DATA: 24/09/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Remoto, via Google Meet (meet.google.com/vgg-eexs-kiy)
TÍTULO: A DISTOPIA DA UBERIZAÇÃO: flexibilização e precarização do trabalho nos serviços de delivery e transporte por aplicativos no Brasil a partir de 2014
PALAVRAS-CHAVES: Uberização. Precarização. Flexibilização. Plataformas Digitais. Capitalismo Contemporâneo.
PÁGINAS: 137
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO: O cenário de crise do capital e as grandes transformações socioeconômicas, culturais e políticas pelas quais passa a economia globalizada e digitalizada, trouxeram para a arena de debate novas discussões e novos dilemas em relação às metamorfoses do trabalho neste século. A uberização, como manifestação concreta do capitalismo de plataforma, está no epicentro das discussões atuais e apresenta-se como um fenômeno que traz em seu conjunto ideais de liberdade, autonomia, autogerenciamento e flexibilidade para os “parceiros” logados nas plataformas digitais. Parte-se da hipótese de que o fenômeno da uberização no capitalismo contemporâneo dissemina-se pela appficação dos serviços de delivery e transporte ao mesmo tempo que expande o processo de precarização do trabalho nas plataformas. É por considerar o avanço do capitalismo de plataforma e da appficação, ilustrados, principalmente, pelas plataformas digitais de trabalho que são utilizadas para extrair mais-valor e imprimir um novo tipo de escravidão moderna, que este trabalho buscou compreender os elementos centrais da uberização e como este fenômeno contribui para uma maior precarização dos trabalhadores de plataformas de delivery e transporte no Brasil a partir de 2014. Para alcançar este objetivo, utilizou-se a abordagem qualitativa e quantitativa, incluindo pesquisa bibliográfica, a fim de fundamentar as categorias de discussão, e análise de dados da PNAD e PNAD-COVID 19. Considerando a problemática suscitada e os dados apresentados, chega-se à conclusão de que a uberização do trabalho demonstra ser uma nova forma de dominação do capitalismo contemporâneo que se manifesta a partir de práticas de trabalho percebidas como mais flexíveis, porém mais precarizadas nas plataformas digitais, conhecidas como apps. Os desdobramentos da pandemia da covid-19 no Brasil, até então, sugerem também uma intensificação da dinâmica de precarização dos trabalhadores das plataformas de delivery e transporte, considerados serviços essenciais em meio às medidas de isolamento social. Portanto, pode-se entender o fenômeno da uberização como um modelo que atualiza o formato de exploração da força de trabalho, transfere custos e riscos ao trabalhador, atualiza a precarização do trabalho e, sobretudo, como uma realidade global, mas distópica no capitalismo contemporâneo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407255 - ELIZEU SERRA DE ARAUJO
Interno - 407146 - VALERIA FERREIRA SANTOS DE ALMADA LIMA
Externo à Instituição - JOSÉ RAIMUNDO BARRETO TRINDADE - UFPA