PPCA/CCCH

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: XERXES MORAES TOSTA
DATA: 25/08/2014
HORA: 14:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO PRÉDIO DO MESTRADO DO CCAA/UFMA
TÍTULO: VALOR NUTRITIVO, COMPORTAMENTO INGESTIVO E DESEMPENHO ANIMAL DE BOVINOS SUPLEMENTADOS COM FARELO DE BABAÇU EM SISTEMAS SILVIPASTORIS NA REGIÃO PRÉ-AMAZÔNICA .
PALAVRAS-CHAVES: Integração pecuária floresta, morfogêne, suplementação animal, Brachiaria brizantha cv marandu
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
RESUMO: Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a estrutura do pasto, o valor nutritivo e o comportamento ingestivo e o desempenho de bovinos em crescimento, suplementados com farelo de babaçu e mantidos em sistemas silvipastoris formado por babaçu e capim-Marandu. O experimento foi realizado na Fazenda Água Viva, no município de Matinha-MA, região da Baixada Maranhense, no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013. Foram utilizados 27 novilhos mestiços (Nelore x Guzerá), inteiros, com idade média de 24 meses e peso médio inicial de 250 kg, em sistemas silvipastoris compostos por diferentes densidades da palmeira de babaçu e capim-Marandu (Brachiaria brizantha). Os tratamentos foram: três densidades de palmeira de babaçu por hectare, baixa, média e alta (BDP, MDP e ADP) que corresponderam a 39, 72 e 92 palmeiras por hectare, respectivamente, e três níveis de inclusão de farelo de babaçu em substituição ao farelo de soja, baixo, médio e alto (BSB, MSB, ASB) que corresponderam a 10, 20 e 30%, respectivamente, em arranjo fatorial 3x3, com três repetições em delineamento inteiramente casualizado. Para o valor nutritivo e a degradabilidade “in situ”, amostras pré-secas de forragem foram utilizadas para determinação dos teores de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina, proteína bruta (PB), celulose e hemicelulose. Foi utilizado, para incubação ruminal, um ovino macho, castrado, da raça Santa Inês, canulado no rúmen, com peso vivo médio de 63 kg. Amostras de 5 g das forragens foram incubadas no rúmen em sacos de náilon. Para cada tempo de incubação foram utilizados quatro sacos. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com arranjo fatorial 3x3 (três tempos de incubação - 6, 24 e 96 horas e três locais de coleta dentro do pasto: sem interferência da sombra – SS, intermediário INT e com interferência da sombra-CS). Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e, em caso de diferença significativa, procedeu-se a comparação de médias pelo teste t de Student a 5% de probabilidade. Em variáveis com coeficiente de variação (CV) superior a 50%, foi realizada a análise não paramétrica e, em caso de diferença significativa, procedeu-se o teste t de Student a 5% de probabilidade. Não houve efeito das densidades de palmeiras ou locais dentro do pasto sobre os teores de fibra em detergente neutro –FDN, fibra em detergente ácido-FDA, lignina, celulose, hemicelulose. Apenas os teores de PB e MS foram influenciados pelos fatores estudados. Os teores de PB foram maiores no SS nos sistemas com MDP e ADP, enquanto os teores de MS foram maiores no local CS em todas as densidades. O DMS foi significativo à proporção que o material permanecia no rúmen, ou seja, foram observadas maiores taxas de desaparecimento da MS das espécies avaliadas no tempo de 96 horas. Em todas as densidades, SC e CS apresentaram maiores DMS. Pastagens com BDP, na localização INT apresentou maior taxa de degradação e maior digestibilidade para as taxas de passagens de 2, 5 e 8%. Os locais dentro dos SSPs avaliados tiveram pouca influência sobre o valor nutritivo do capim-Marandu, contudo, o local SS, nas maiores densidades apresentou o melhor teor de proteína. Em todos ambientes pastoris, os locais SS e CS apresentaram a maior DMS e a localização INT nos SSPs com BDP e MDP a menor, porém com maior taxa de degradação e digestibilidade efetiva, respectivamente. A produção de forragem nos ambientes pastoris não foi afetada pelas densidades de palmeira, entretanto níveis de substituição de farelo de soja por farelo de babaçu nas proporções BS e MS resultaram em maior acúmulo de material morto nas pastagens. O nível de substituição interferiu na relação folha/colmo, enquanto que nas densidades houve efeito apenas nas pastagens com BDP e maior relação folha/colmo com o fornecimento de BS. O fornecimento de suplementação com níveis crescentes de substituição do farelo de soja por farelo de babaçu modificou o comportamento ingestivo de bovinos em pastejo. A suplementação com 20% de substituição em pastagens com média densidade de palmeiras de babaçu reduz o tempo de pastejo, aumenta o tempo de ócio e deslocamento. O maior ganho de peso foi mediante a AS nas pastagens com MDP.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1615266 - ANA PAULA RIBEIRO DE JESUS
Interno - 1886792 - MICHELLE DE OLIVEIRA MAIA PARENTE
Presidente - 1655124 - ROSANE CLAUDIA RODRIGUES