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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAEL SILVA MARCHAO

2017-11-23 09:59:58.495

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAEL SILVA MARCHAO
DATA: 13/12/2017
HORA: 16:00
LOCAL: Auditório do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal-PPGCA
TÍTULO: Exigência de lisina digestível para mantença de tambaqui nas fases de crescimento e engorda
PALAVRAS-CHAVES: Colossoma macropomum, nutrição de peixe, método fatorial, retenção de nitrogênio, aminoácido essencial.
PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Nutrição e Alimentação Animal
RESUMO: A lisina é um dos aminoácidos essenciais mais limitantes em ingredientes utilizados nas formulações de rações para peixes tropicais, sendo utilizado quase que exclusivamente para a síntese proteica. Atualmente, a exigência de lisina digestível para peixes é recomendada através de estudos empíricos (dose resposta), negligenciando a exigência para mantença deste nutriente. O método fatorial proporcionar o esclarecimento da utilização da lisina pelos animais, ou seja, a proporção de lisina destinada à mantença das atividades vitais e a fração destinada à formação de novos tecidos. No Brasil, a produção de peixes em cativeiro tem sido crescente, principalmente pela grande quantidade de espécies (nativas e exóticas)com potencial para exploração comercial, entre essas espécies o tambaqui (Colossoma macropomum) se desta como a principal espécie nativa comercializada no país. Assim, objetivou-se com este estudo determinar a exigência de lisina digestível para mantença de tambaquis nas fases de crescimento e engorda. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Nutrição e Alimentação de Organismos Aquáticos do Maranhão (LANUMA) no Centro de ciências Agrarias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão (CCAA-UFMA), Chapadinha-MA. Foram utilizados 50 tambaquis com peso médio inicial de 121,23±1,23g na fase de crescimento e 26 na fase de engorda com peso médio inicial de 595,93±47,57g, ambos os experimentos foram realizados em um delineamento inteiramente casualizado (DIC), composto por 4 (quatro) tratamentos e 5 (cinco) repetições por tratamento, contabilizando 20 unidades experimentais, com 2 (dois) peixes por unidade experimental na fase crescimento e 1 (um) animal na fase de engorda. Para formulação das dietas experimentais foi utilizado à técnica da “diluição” e para obtenção dos níveis de lisina digestível foram utilizadas duas dietas, uma isenta de lisina à base de amido de milho e óleo de soja e outra concentrada, contendo 0,876% de lisina digestível, à base de milho e farelo de soja. Posteriormente, as mesmas foram misturas em proporções diferentes resultando em dietas isoenergéticas, isocálcicas e isofosfóricas, contendo 0,219; 0,438; 0,657; e 0,876% de lisina digestível. As relações da metionina mais cistina: lisina, treonina: lisina, bem como a dos demais aminoácidos: lisina foram mantidos pelo menos dez pontos percentuais acima do proposto na literatura, com o objetivo de evitar que outros aminoácidos venham a se tornar limitantes para cada nível de lisina digestível avaliado.Para confirma esta hipótese, uma vez que as dietas apresentavam diferentes níveis de proteína bruta, foi realizado um quinto tratamento (tratamento teste), onde foi adicionada lisina sintética (L-lisina), no primeiro nível de lisina digestível até chegar ao nível de 0,300%. As dietas foram oferecidas diariamente em seis refeições (08:00, 10:00, 12:00, 14:00, 16:00 e 18:00 h), até a saciedade aparente. A retenção de nitrogênio (RN) foi determinada pelo abate comparativo. No início de cada experimento foram insensibilizados e abatidos 10 animais na fase de crescimento e 7 na fase de engorda, com pesos próximos ao da média de cada fase de produção para a obtenção do nitrogênio inicial. Após o final de cada período experimental todos os animais de cada unidade experimental foram insensibilizados e abatidos após jejum de 24 horas para a obtenção do nitrogênio final. Para determinação da exigência de lisina digestível para mantença foi considerada a quantidade de lisina digestível ingerida (mg/kg0,7/dia) capaz de proporcionar uma retenção de nitrogênio igual a zero. Os dados foram submetidos a análises de regressão (P>0,05), (software SAS 9.0) utilizando o consumo de lisina digestível (mg/kg0,7/dia) como variável independente e a retenção de nitrogênio (mg/kg0,7/dia), como variável dependente. As equações que descrevem a retenção de nitrogênio em função do consumo de lisina digestível foram: RN = 9,1757 Lys - 673,43 (p<0,0001; r² = 0,9040) para a fase de crescimento e RN = 7,88Lys - 898,65 (p<0,0001; r² = 0,9057) para fase de engorda, estimado as exigências de lisina digestível para mantença de tambaqui nas fases de crescimento de 73,39 (673,43/9,17=73,39) e 114,07 mg/kg0,7/dia (898,65/7,88=114,07) para fase de engorda.Através dos resultados observados neste estudo é provável que o requerimento de lisina digestível para mantença de tambaqui, esteja relacionado com o tamanho (peso corporal) dos animais, ou seja, ocorre um aumento da exigência de lisina digestível para mantença à medida que o tambaqui aumentou de tamanho.O fracionamento adequado da utilização de lisina digestível (mantença e crescimento) utilizada pelo tambaqui proporcionara formulação de dietas que venham a minimizar a excreção de compostos nitrogenados no meio aquático.A exigência de lisina digestível para mantença para tambaqui na fase de crescimento é de 73,39 e 114,07 mg/kg0,7/dia para engorda.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1691956 - FELIPE BARBOSA RIBEIRO
Interno - 1811904 - JEFFERSON COSTA DE SIQUEIRA
Interno - 1555857 - MARCOS ANTONIO DELMONDES BOMFIM

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