PPGFIL/CCH

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAINNARA CRISTINA PINHEIRO HERNANDEZ
DATA: 13/09/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Sala virtual (Plataforma Google Meet)
TÍTULO: O exílio do escritor: A escrita como um ato solitário em Jean-Paul Sartre e Clarice Lispector.
PALAVRAS-CHAVES: Filosofia. Literatura. Exílio. Escrita. Engajamento.
PÁGINAS: 51
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO: A Filosofia e a Literatura participaram de momentos singulares na história, sempre ultrapassando as barreiras impostas pela sociedade quanto a sua importância e a relevância para o desenvolvimento do conhecimento. Em virtude disso, estudiosos de ambos os lados trataram de “blindar-se” em relação a possíveis questionamentos, podendo serem considerados incompletos, tecendo críticas aos trabalhos que possuem um caráter interdisciplinar, ou seja, defendendo por exemplo que quando se traz filosofia e literatura, a exemplo de Sartre e Álvaro de Campos, Spinoza e Goethe, poderíamos considerar que a literatura ou a filosofia não se compreendem nelas mesmas e necessitariam de um ajuste para se tornar completas ou críveis. Para tanto, este trabalho teve o intuito de apresentar esse paralelo já muito estudado na compreensão do filósofo francês Jean-Paul Sartre e da literata Clarice Lispector, onde foi possível visualizar de forma ímpar suas relações com o ato de escrever. Sartre e Clarice foram lançados no mundo literário e se puseram a comunicar-se com o mundo por meio da literatura. Contudo, o que seria escrever? Para Jean-Paul Sartre em sua obra Que é a Literatura? escrever é utilizar as palavras para discorrer a respeito de algo, tendo um escritor engajado com os temas do seu tempo, não permitindo que as pessoas ignorem o mundo - seus problemas - e se considerem inocentes ao fazê-lo, nesse sentido o engajamento literário tem uma obrigação com o mundo em relatar os problemas que o cercam. O filósofo francês irá retomar a frase de Brice Parain que fala “as palavras são como pistolas carregadas" (Sartre, 2015, p. 29), dizendo assim que o homem deve saber o que falar e qual o seu propósito para tal discurso proferido, tendo consciência de qual é seu alvo e onde que está sendo atingido, sem agir como uma criança que sente prazer em ouvir o barulho dos tiros, para tanto, Sartre afirmou que uma vez engajado no universo da linguagem, o escritor não poderia deixá-lo. Clarice sente o mesmo à respeito, envolta na literatura, esse sentimento de pertencimento que eles possuem acaba acarretando um exílio e um afastamento do mundo ao qual eles se referem em suas obras. Nesta perspectiva trata-se de uma investigação de cunho bibliográfico das obras As palavras, O ser e o Nada de Jean-Paul Sartre e Um Sopro de Vida de Clarice Lispector, tendo em vista constituir-se uma pesquisa qualitativa a ser desenvolvida através da análise hermenêutica dos conceitos centrais apontados.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - KÁTIA MARIAN CORRÊA DE MEDEIROS - UFSM
Interno - 2175160 - PLINIO SANTOS FONTENELLE
Presidente - 2125298 - RITA DE CASSIA OLIVEIRA