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Banca de QUALIFICAÇÃO: ALESSANDRO SODRE

2023-09-26 17:16:12.849

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALESSANDRO SODRE
DATA: 29/09/2023
HORA: 15:00
LOCAL: google-meet
TÍTULO: Sobre a noção de Graça, de Pecado Original e Liberdade em Agostinho
PALAVRAS-CHAVES: Pecado Original. Graça. Liberdade.
PÁGINAS: 32
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO: Santo Agostinho é o primeiro filósofo a utilizar o termo pecado original. Essa doutrina está ligada diretamente com sua experiência de conversão e sua busca por compreensão da origem do mal. Com a elaboração da doutrina do pecado original permitiu a Agostinho expressar as dinâmicas da graça e romper com o fatalismo pagão e gnóstico, assim como responder questões relacionadas ao mal, sofrimento, erro, justiça e liberdade. Para defender sua posição, Agostinho faz uso de três argumentos: teológico, patrístico e racional. No seu argumento teológico, o filósofo usa os textos das Escrituras, principalmente do livro de Gênesis e das cartas de Paulo. No argumento patrístico, o bispo de Hipona usa a tradição e demonstra que a doutrina do pecado original já estava presente nos pais apostólicos. No argumento racional, ele aponta para todas as misérias, males e aflições que atingem a humanidade. Agostinho argumenta que o pecado é uma consequência do livre-arbítrio humano, e que a natureza humana é inclinada ao pecado devido à queda original de Adão e Eva. O filósofo defende que a natureza humana é essencialmente boa, uma vez que foi criada por Deus, mas que ela foi corrompida pelo pecado original. Essa queda original resultou em uma condição chamada de "concupiscência", que é a tendência humana ao pecado. A concupiscência é uma herança que todos os seres humanos recebem dos primeiros pais e que é transmitida de geração em geração. Neste sentido, o homem no seu estado de pecado não pode operar o bem sem o auxílio divino da graça. Disto, surge a necessidade da graça, o socorro divino, especial e adaptado às necessidades da natureza caída do homem, para que este reencontre seu lugar de repouso. Agostinho encontra argumentos nas escrituras, em textos das cartas do apóstolo Paulo; na liturgia da igreja, pois ela ora pedindo a graça divina; e, na tradição dos padres apostólicos. A graça é a habitação divina no ser humano, que redireciona seu amor para Deus, para os bens superiores e o liberta do amor privativo. Essa habitação ocorre por meio do Espírito Santo, que se confunde com o próprio amor que se direciona a Deus. Assim, o amor que é o peso da alma que a direciona ao seu lugar próprio, é o amor divino ou o dom que inflama e eleva o homem a Deus. Essa operação na alma humana é graça divina.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1086626 - JOSE ASSUNCAO FERNANDES LEITE
Externo ao Programa - 407179 - MARIA OLILIA SERRA
Presidente - 1795756 - SIDNEI FRANCISCO DO NASCIMENTO

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