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Banca de DEFESA: AUREAN D ECA JUNIOR

2015-11-20 10:32:31.576

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AUREAN D ECA JUNIOR
DATA: 16/12/2015
HORA: 08:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC)
PALAVRAS-CHAVES: Avaliação em saúde; Sistemas de informação em saúde; Nascimento vivo, Declaração de nascimento; Estatísticas vitais
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Saúde Pública
RESUMO: O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) revela dados importantes em saúde pública sobre o nascimento, condições da gestação e do parto e perfil epidemiológico materno-infantil. A consolidação deste Sistema como fonte de dados epidemiológicos relevante exige esforços relacionados à melhoria dos dados, o que tem despertado a necessidade de avaliação da qualidade das informações seja do ponto de vista quantitativo (cobertura do sistema e completitude do preenchimento), seja do ponto de vista qualitativo (confiabilidade dos registros), de forma que os indicadores obtidos possam subsidiar políticas de planejamento e organização da saúde de uma determinada localidade. Este estudo propôs analisar a qualidade das informações (cobertura do Sistema, completitude do preenchimento e confiabilidade das informações) do SINASC no município de Ribeirão Preto-São Paulo através da técnica linkage comparando-as aos dados obtidos do projeto intitulado “Fatores etiológicos do nascimento pré-termo e consequências dos fatores perinatais na saúde da criança, que estuda coortes de nascimentos nas cidades de São Luís-Maranhão e Ribeirão Preto–São Paulo (coorte BRISA), além de analisar e comparar a tendência temporal da completitude do preenchimento de variáveis do SINASC nestas duas cidades brasileiras que compõem o estudo de coorte BRISA, numa série cronológica de 1996-2013. Estudo avaliativo que analisou as seguintes variáveis: sexo do recém-nascido, peso ao nascer, índices Apgar, presença de anomalia congênita, raça/cor, idade da mãe, escolaridade, situação conjugal, número de filhos vivos, duração da gestação, tipo de parto, tipo de gravidez e número de consultas pré-natal. O grau de concordância (confiabilidade) das informações foi avaliado pelos coeficientes Kappa e de correlação intraclasse (ICC) para variáveis categóricas e pelo método de Bland-Altman para variáveis numéricas. A completitude referiu-se ao grau de preenchimento do campo analisado seguindo o sistema de escores proposto por Romero e Cunha: excelente, quando a variável apresentar menos de 5% de preenchimento incompleto; bom (5,0 a 9,9%); regular (10,0 a 19,9%); ruim (20,0 a 49,9%) e muito ruim ( 50,0% ou mais). A análise de tendência se fez por estimação de modelos de regressão polinomial. Em Ribeirão Preto, a cobertura estimada do SINASC,em 2010, classificada como boa, foi de 88,3% (IC95%; 87,6% a 89,0%) segundo os oito hospitais analisados. Na cidade paulista, as variáveis que apresentaram concordância quase perfeita ou excelente foram: hospital de vii nascimento, sexo do recém-nascido, tipo de gravidez, tipo de parto, peso ao nascer, idade da mãe e situação conjugal. As variáveis número de consultas pré-natal e duração da gestação obtiveram confiabilidade moderada. Tiveram confiabilidade sofrível/fraca as variáveis: presença de anomalia congênita, raça/cor, índice de Apgar no 1° e 5° minutos e número de filhos vivos. Sobre a completitude, as variáveis idade da mãe, estado civil, tipo de gravidez, tipo de parto, sexo do recém-nascido, índices de Apgar e peso ao nascer tiveram excelente completitude nas duas cidades estudadas. As variáveis anomalia congênita e raça/cor do RN obtiveram completitude oscilando entre ruim a muito ruim na capital do Maranhão, ao contrário da cidade de Ribeirão Preto, onde as mesmas tiveram percentual de não preenchimento menor que 5%. Em São Luís, a variável duração da gestação apresentou variação na completitude em toda a série temporal, atingindo excelência no preenchimento entre os anos de 1999-2010. Em Ribeirão Preto, esta mesma variável teve excelente completitude entre 2000-2013. A análise temporal do Sistema nas duas cidades por regressão polinomial evidenciou que a variação no preenchimento de todas as variáveis estudadas não seguiu uma ordem linear, ou seja, toda análise indicou modelos erráticos o que representou a escolha da tendência predominante a cada modelo selecionado que melhor explicava a relação entre completitude de cada variável na série de tempo analisada. Os modelos de regressão polinomial escolhidos apontaram tendência ascendente do não preenchimento para a variável anomalia congênita nas duas cidades. Em São Luís, a variável estado civil teve tendência decrescente para a incompletude, o que não ocorreu em Ribeirão Preto. Na cidade paulista, a variável escolaridade da mãe apresentou-se com tendência decrescente do não preenchimento, o que não se evidenciou na capital maranhense. As demais variáveis tiveram tendência decrescente para a incompletude nas duas cidades com valores estatisticamente significantes nos modelos testados. Essa pesquisa reforça a evidência do potencial dos dados secundários como fonte importante para a pesquisa epidemiológica. Embora os resultados possam ser traduzidos em avanço, é importante investir continuamente em treinamento a fim de garantir um sistema capaz de subsidiar políticas de intervenção e organização da saúde materno-infantil.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407662 - ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS
Externo ao Programa - 3517781 - FLAVIA BALUZ BEZERRA DE FARIAS NUNES
Interno - 1096903 - MARIA TERESA SEABRA SOARES DE BRITTO E ALVES
Externo à Instituição - RICARDO DE CARVALHO CAVALLI - USP
Presidente - 1983977 - ROSANGELA FERNANDES LUCENA BATISTA

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