PGSC/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADELY FATIMA DUTRA VIEIRA
DATA: 21/11/2016
HORA: 08:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA NA GRAVIDEZ: fatores associados e prejuízos na relação mãe-filho.
PALAVRAS-CHAVES: Consumo de Bebidas Alcoólicas 2. Relações mãe-filho 3. Gravidez 4. Causalidade 5. Modelos Estatísticos
PÁGINAS: 147
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: As pesquisas relacionadas ao consumo de bebida alcoólica na gravidez (CBAG) apresentam controvérsias com relação aos fatores associados ao mesmo. Referente ao efeito deste consumo sobre a relação mãe-filho, não existem estudos que abordem tal causalidade. Este trabalho teve como objetivos: investigar prevalência e fatores associados ao CBAG em 5212 mulheres entrevistadas imediatamente após o parto, e ainda, investigar o efeito causal deste consumo a prejuízos na relação mãe-filho (PRMF) em 3215 mães que responderam questionário sobre sua saúde mental entre os 13-35 meses de vida dos filhos, ambas as amostras são de São Luís, Maranhão, pertencentes à coorte BRISA. No primeiro artigo, para avaliar associações utilizou-se análise hierarquizada, com Regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. O CBAG prevaleceu em 14,5% das mulheres entrevistadas. Maiores proporções deste consumo ocorreram em mulheres com baixa escolaridade (0-4 anos de estudo RP 1,59, 5-8 anos de estudo RP 2,28 e de 9-11 anos de estudo RP 1,48), que não se declararam brancas (RP 1,31), sem companheiro (RP 1,49), não planejaram a gravidez (RP 1,27), fumaram durante a gravidez atual (RP 3,38) e apresentaram história de aborto (RP 1,44). No segundo artigo utilizou-se o Postpartum Bonding Questionnaire para avaliar PRMF. O modelo teórico dessa relação causal foi desenhado em Gráfico Acíclico Direcionado (DAG), que propôs para ajuste mínimo: idade materna, escolaridade, renda familiar, ocupação, situação conjugal, planejamento da gravidez e realização de pré-natal. Para estimar o efeito causal entre CBAG e PRMF, considerando as variáveis preditoras do conjunto de ajuste mínimo, utilizou-se inferência causal, com análise de sensibilidade, por meio das técnicas de pareamento por escore de propensão (PEP) e ponderação pelo inverso da probabilidade de seleção (PIPS). CBAG apresentou efeito causal sobre PRMF, com coef. 0,05; IC95% 0,01-0,10; p=0,007 (PEP) e coef. 0,05; IC95% 0,01-0,09; p=0,008 (PIPS). O equilíbrio entre os grupos de expostas e não expostas ao CBAG foi atingido, pois o balanço foi efetivo. Constatou-se que é necessária implementação de estratégias de combate do uso de álcool por gestantes, com intensificação àquelas com maior vulnerabilidade, com vistas à proteção do binômio mãe-filho. Sugere-se que ações nesse sentido devem ocorrer no pré-natal e que este deve iniciar-se o mais precocemente possível
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407662 - ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS
Interno - 2187718 - LAURA LAMAS MARTINS GONCALVES
Presidente - 118280 - LIBERATA CAMPOS COIMBRA