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Banca de DEFESA: REGIMARINA SOARES REIS

2017-02-13 15:10:32.763

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REGIMARINA SOARES REIS
DATA: 23/02/2017
HORA: 09:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: CARACTERÍSTICAS E FATORES ASSOCIADOS AO GASTO PRIVADO EM SAÚDE COM CRIANÇAS DA COORTE BRISA
PALAVRAS-CHAVES: Gasto Público. Saúde. Crianças
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Saúde Pública
RESUMO: O SUS ainda não consegue atender toda a população, o que é atribuído a desigualdades na qualidade da atenção e a restrições de acesso, além da estrutura de financiamento do gasto em saúde no país. No Brasil o gasto privado em saúde é maior do que o gasto público, divergindo de todos os sistemas de caráter beveridgiano no mundo. Os objetivos deste estudo são comparar as características do gasto privado em saúde de crianças em São Luís/MA e Ribeirão Preto/SP, e analisar os fatores associados ao gasto privado em saúde de crianças de 13 a 35 meses de vida em São Luís/MA. Elaborou-se dois artigos. O primeiro trata-se de estudo transversal utilizando dados da coorte BRISA com uma amostra final de 3025 crianças em Ribeirão Preto e 3247 em São Luís. Medicamentos, consultas e exames foram os componentes do gasto privado estudados. Caracterizou-se e comparou-se o gasto privado em saúde de crianças nas duas cidades por meio da magnitude do gasto, prevalência das combinações entre os três componentes estudados, e da análise bivariada dos componentes do gasto em relação aos níveis de renda familiar e tipo de cobertura de serviço de saúde. Para comparar as cidades foram calculados os Intervalos de Confiança (95%). Em São Luís estimou-se prevalência de 45,7% de gasto alto (IC95%: 43,9 – 47,4). Em Ribeirão Preto essa prevalência foi de 13,8% (IC95%: 12,5 – 15,0). O gasto com medicamento é o mais prevalente nas duas cidades - São Luís, 49,1% (IC95%: 47,4 – 50,8); e Ribeirão Preto 74,5% (IC95%: 71,9 – 75,1). A combinação mais frequente de componentes foi exame/medicamento (23,3%; IC95%: 21,8 – 24,2) em São Luís e em Ribeirão Preto, consulta/medicamento (11,7%; IC95%: 10,4 – 12,7). O gasto com medicamento predominou em todas as faixas de renda nas duas cidades. O gasto com consultas é mais prevalente (34,3% - IC95%: 30,5 – 38,2) na faixa de renda mais alta. O gasto com exames é o segundo mais prevalente nas faixas de renda mais baixas. Dentre as crianças cobertas por plano de saúde, em São Luís 97,7% (IC95%: 96,5 – 98,6) referiram gasto com medicamento; 29,3% (IC95%: 26,3 – 32,5) com consulta; e 24,7% (IC95%: 21,9 – 27,7) com exames. Em Ribeirão Preto para os mesmos componentes verificou-se 94,6% (IC95%: 93,4 – 95,6), 16,1% (IC95%: 14,3 – 18,0) e 7,4% (IC95%: 6,2 – 8,8), respectivamente. Em São Luís, 95,2% (IC95%: 93,2 – 96,7) das crianças cobertas pela ESF demandaram das famílias gasto com medicamentos; 39,9% (IC95%: 36,0 – 43,8) demandaram gasto com exames; e 27,5% (IC95%: 24,0 – 31,1) gasto com consulta. Em Ribeirão Preto, esses percentuais foram de 84,7% (IC95%: 80,5 – 88,4), 6,1% (IC95%: 3,8 – 9,2) e 10,4% (IC95%: 7,4 – 14,2), respectivamente. No segundo artigo foi realizado estudo transversal utilizando dados da coorte BRISA com uma amostra final de 3247 crianças. Realizou-se regressão multivariada - modelo de Poisson, com inclusão das variáveis de modo hierarquizado, segundo o modelo teórico definido a priori. O desfecho foi a realização de gasto privado com medicamentos, consultas e exames, categorizado em gasto alto e gasto baixo. Os fatores associados foram: menores níveis de escolaridade da mãe (OR = 0,20; IC95%: 0,07 – 0,55; e OR = 0,72; IC95%: 0,54 – 0,97; p<0,001), cobertura por plano privado (OR= 0,67; IC95%: 0,55 – 0,81; e p=<0,001), crianças de mais de 24 meses (OR=0,74; IC95%: 0,56 – 0,96; e p=0,02), tempo de aleitamento materno maior do que 6 meses (OR variando de 0,41 a 0,71; p<0,001) e estado de saúde da criança ruim/regular (OR=1,24; IC95%:1,02 – 1,51; e p=0,02). Demanda-se ampliar a compreensão da relação oferta/acesso à assistência farmacêutica, na perspectiva da dispensação de medicamentos essenciais para crianças; ampliar a cobertura da ESF; e compreender o papel dos planos de saúde no gasto privado e acesso à saúde. O tempo de aleitamento materno como protetor do gasto indica a necessidade de fortalecimento dessa prática. Os resultados demonstram diferenças significativas no gasto privado em saúde de crianças entre as cidades, sugerindo que em São Luís é menor o acesso a consultas e exames, podendo as famílias estarem sujeitas a riscos financeiros derivados desses gastos.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1210245 - CECILIA CLAUDIA COSTA RIBEIRO DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 1823558 - DEYSIANNE COSTA DAS CHAGAS
Externo ao Programa - 407678 - HUMBERTO OLIVEIRA SERRA
Externo à Instituição - MARCOS ANTONIO BARBOSA PACHECO - UNICEUMA
Presidente - 1096903 - MARIA TERESA SEABRA SOARES DE BRITTO E ALVES

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