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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOELMA XIMENES PRADO TEIXEIRA NASCIMENTO

2017-11-14 16:13:19.338

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOELMA XIMENES PRADO TEIXEIRA NASCIMENTO
DATA: 24/11/2017
HORA: 08:00
LOCAL: SALA DE VIDEOCONFERÊNCIA DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA- NEAD/UFMA
TÍTULO: Fatores dos Primeiros 1000 Dias de Vida Associados à Sintomas de Asma na Infância na Coorte BRISA
PALAVRAS-CHAVES: Asma. Fatores Ambientais. 1000 dias de vida. Hipótese da Microbiota. Modelagem de Equações Estruturais
PÁGINAS: 239
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: A asma é uma síndrome complexa, que pode ter seu desenvolvimento influenciado pela exposição microbiana na infância, portanto, a construção de uma variável latente com base em um conjunto de indicadores pode reduzir os erros de mensuração dessa doença na infância. O presente estudo teve objetivos: analisar as associações entre fatores ambientais até os primeiros 1000 dias de vida e “Sintomas de Asma na Infância” e analisar fatores ambientais ligados à hipótese da microbiota e “Sintomas de Asma na Infância” por meio da modelagem de equações estruturais (SEM). Trata-se de um estudo prospectivo envolvendo três momentos da Coorte BRISA em São Luís (n=1140) e Ribeirão Preto (n=3694). No primeiro artigo a variável latente “Sintomas de Asma na Infância” foi formada com base no diagnóstico médico de asma, número de episódios de chiado, emergência médica devido chiado intenso e diagnóstico médico de rinite. Com base em um modelo teórico que incluiu fatores do pré-natal (situação socioeconômica, índice de massa corporal pré-gestacional, consumo de refrigerantes e de junk food), do nascimento (idade gestacional, tabagismo, doenças durante à gestação, peso ao nascer e tipo de parto) e do primeiro ano (amamentação exclusiva, exposição à aeroalérgenos e doenças respiratórias) e escore-z do índice de massa corporal no segundo ano de vida foi analisado em associação com “Sintomas de Asma na Infância”. Observou-se que quanto maior o IMC pré-gestacional (Coeficiente Padronizado - CP= 0.121; p-value - p=0.032), consumo elevado de refrigerantes durante à gestação (CP= 0.122; p=0.044) e crianças nascidas por cesárea sem trabalho de parto (CP= 0.122; p=0.044), presença de resfriado nos três primeiros meses de vida (CP= 0.311; p<0.001), piso revestido de carpete (CP= 0.142; p=0.023) e exposição da criança ao tabagismo passivo (CP= 0.198; p=0.027) foram associados a maiores valores de “Sintomas de Asma na Infância”. Por outro lado, na medida em que aumentou o peso ao nascer (CP= - 0.111; p=0.025), a idade da criança (CP = -0.141; p = 0.006) e crianças amamentadas exclusivamente por 6 meses (CP= -0.134; p=0.038) foram associados com menores valores de “Sintomas de Asma na Infância”. No segundo artigo a variável latente “Sintomas de Asma na Infância” foi formada por três indicadores (diagnóstico médico de asma, xiv episódios de chiado e emergência devido chiado intenso). Um modelo teórico com fatores do pré-natal/nascimento (idade materna, situação socioeconômica, índice de massa corporal pré-gestacional - IMC, tipo de parto, idade gestacional, sexo, raça e peso ao nascer) e do primeiro/segundo ano de vida da criança (sintomas respiratórios, internação hospitalar, idade, amamentação, escore-z do IMC, uso de antibiótico, presença de animal em casa, frequência em creches, contagem de eosinófilos, contagem de neutrófilos e presença de diarreia) tendo como desfecho “Sintomas de Asma na Infância” sendo analisado por modelagem de equações estruturais. O modelo teve bom ajuste para todos os parâmetros considerados. Foi observado que crianças com maiores valores de escore-z do IMC (CP= 0.081; p=0.020), pertencentes a raça negra (CP= 0.097; p=0.001), com quadros de diarreia (CP= 0.111; p=0.020) e mais velhas (CP= 0.207; p<0.001) apresentaram maiores valores para “Sintomas de Asma na Infância”; enquanto que uma melhor situação socioeconômica (CP=-0.139; p<0.001), sexo feminino (CP=-0.076; p=0.008) e mais tempo em amamentação (CP=-0.137; p<0.001) apresentaram menores valores para “Sintomas de Asma na Infância”. Os achados mostram que fatores ambientais presentes antes da concepção e até os primeiros 1000 dias de vida, dão suporte a hipótese da microbiota na programação precoce da asma em crianças.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1210245 - CECILIA CLAUDIA COSTA RIBEIRO DE ALMEIDA
Externo à Instituição - ELCIO DOS SANTOS OLIVEIRA VIANNA - USP
Co-orientador - 1983977 - ROSANGELA FERNANDES LUCENA BATISTA
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES

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