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Banca de QUALIFICAÇÃO: AMANDA NAMIBIA PEREIRA PASKLAN

2018-03-21 10:35:11.935

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA NAMIBIA PEREIRA PASKLAN
DATA: 29/03/2018
HORA: 08:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE E MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Epidemiologia. Mortalidade Infantil. Atenção Primária à Saúde. Serviços de Saúde.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: A pesquisa teve por objetivos: 1) verificar a tendência da taxa de mortalidade infantil e seus componentes no período de 2000 a 2015; 2) analisar o efeito e a eficiência de características da estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e do processo de trabalho das equipes da Atenção Primária em Saúde (APS) sobre o número de óbito neonatal tardio (NONT); e 3) identificar evidências sobre o impacto da APS na redução da mortalidade infantil (MI). Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, cujas unidades de análise foram os 5565 municípios brasileiros existentes à época. Os dados foram obtidos dos sítios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Departamento de Atenção Básica (DAB), da avaliação externa do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), e Survey da APS, feito pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 2002. As variáveis independentes desse estudo foram organizadas em três níveis hierárquicos e quatro blocos. O nível distal foi composto pelo bloco das variáveis econômicas e demográficas; o nível intermediário, pelos blocos cobertura de saúde e demanda de serviços; e o nível proximal pelos blocos de estrutura e processo de trabalho. A variável dependente foi a taxa de mortalidade infantil e seus componentes. Foram realizadas análises de regressão linear de efeito misto com abordagem hierarquizada, análise envoltória de dados, tendo como unidade tomadora de decisão os municípios de acordo com seus estratos, e análise espacial, adotando o modelo GWR (Geographically Weighted Regression). No Brasil houve uma redução de 45,07% da taxa de mortalidade infantil (TMI) entre os anos 2000 e 2015, passando de 24,14 para 13,26 óbitos por mil nascidos vivos. A maior redução ocorreu no Nordeste do país, apesar de ainda ser a região com maior número de estados que apresentam altos valores na taxa de MI, seguida da região Norte. As principais causas de óbitos se mantiveram no período de 15 anos, que foram: afecções originadas no período perinatal e malformação congênita, deformidades e anomalias cromossômicas. Dos 749 municípios analisados no cluster diferencial para óbito infantil, 153 apresentaram alta TMI; 294 apresentaram baixa TMI 211 tiveram baixa TMI próximos a municípios com alta TMI e 91 municípios tiveram alta TMI próximos a municípios com baixa TMI. As áreas com maior expansão de alta TMI foram encontradas nas regiões Norte e Nordeste. No Brasil, a TMI mostrou-se inversamente associada às variáveis acessibilidade aos serviços de alta complexidade, estrato da gestão em saúde e porte populacional, referência para o parto, taxa de nascidos vivos, renda per capita e taxa de desemprego. A variável infraestrutura das UBS demonstrou-se diretamente associada a TMI. Verificou-se nesse estudo uma crescente redução da TMI entre o período de 2000 a 2015. Com relação ao NONT, observou-se entre os anos de 2002 e 2014, que houve diminuição de municípios eficientes na redução deste desfecho, de 38 para 27 eficientes. O NONT foi diretamente associado com o número de nascidos vivos, taxa de desemprego e disponibilidade de vacinas nas UBS. Houve associação inversa do NONT com o ano, renda per capita, cobertura da estratégia de agentes comunitários de saúde (EACS), parto vaginal, e visita domiciliar. No ano de 2014, para tornar eficientes os municípios ineficientes, evidenciou-se maior investimento no número de parto vaginal em quase todos os estratos. Conclui-se que os óbitos em crianças de 7 a 28 dias são afetados por características da estrutura e processo de trabalho na APS. Investimentos na APS, especialmente na realização de partos vaginais, têm potencial efeito na redução dos óbitos infantis. Além disso, a efetivação de políticas de saúde poderá fazer com que o Brasil alcance todas as metas propostas pelas Nações Unidas até o ano 2030.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1651131 - ERIKA BARBARA ABREU FONSECA THOMAZ
Interno - 407662 - ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS
Interno - 2299196 - REJANE CHRISTINE DE SOUSA QUEIROZ

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