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Banca de QUALIFICAÇÃO: ELISA MIRANDA COSTA

2020-09-01 11:07:28.426

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELISA MIRANDA COSTA
DATA: 15/09/2020
HORA: 08:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE POLÍTICAS SOCIAIS E DE SAÚDE E AFECÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS NO BRASIL E ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
PALAVRAS-CHAVES: Câncer de Boca; COVID-19; Mortalidade;Sistemas de Saúde; Transferência Condicionada de Renda
PÁGINAS: 177
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: Os sistemas de saúde dos Estados Unidos (EUA) e do Brasil são orientados por lógicas e arcabouço teórico diferentes. O sistema de saúde norte-americano é híbrido e hospitalocêntrico, enquanto o brasileiro é pautado na oferta universal de serviços públicos de saúde, centrados na Atenção Primária à Saúde. No primeiro artigo dessa tese, discutiremos as principais características dos sistemas de saúde no Brasil e EUA, e sua organização para o enfrentamento de doenças crônicas (como o câncer de boca) e agudas (como a pandemia de COVID-19). Escolhemos como desfechos o câncer de boca por ser um problema crônico no mundo, com possibilidade de diagnóstico precoce, portanto, sensível às ações dos serviços de saúde; e a COVID-19, uma afecção aguda, sensível às medidas preventivas e às ações dos governos. A discussão desse artigo foi norteada pela reflexão sobre os caminhos trilhados pelo Brasil em direção ao neoliberalismo e à mercantilização da saúde, tendo os EUA como um modelo. O segundo artigo que compõe essa tese apresenta como objetivo investigar a relação entre a cobertura do Programa Bolsa Família (PBF) e as taxas de mortalidade por câncer de boca, no Brasil. É um estudo ecológico, longitudinal e analítico. Foram utilizados dados secundários de bases nacionais representativas, incluindo o período entre 2005 e 2017. As unidades de análise foram as Unidades Federativas. O desfecho é a taxa de mortalidade de câncer de boca, padronizada por sexo e idade, a cada 100 mil habitantes. A variável independente principal é a cobertura do PBF, calculada como a razão entre o número de famílias que recebe o benefício e as que potencialmente deveriam receber. As covariáveis incluídas no modelo foram as socioeconômicas e da cobertura dos serviços de saúde. Foram confeccionados mapas coropléticos e análise Space Time Cube para analisar a distribuição espaço-temporal da exposição principal e do desfecho. A análise de regressão linear com efeitos mistos com interceptação randômica foi utilizada, estimando-se coeficientes angulares () e respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC95%) (=0.05). Observou-se tendência de aumento para a cobertura do PBF e estabilidade para a taxa de mortalidade para as unidades federativas, exceto Maranhão, Goiás e Minas Gerais. Na análise ajustada, a maior cobertura do PBF foi associada a menores taxas de mortalidade por câncer de boca (: -2.10; IC95%: -3.291 -0.9185). Esse benefício social contribui para a redução da mortalidade do câncer de boca; e recomendamos a expansão de políticas sociais com vistas à prevenção de óbitos evitáveis por essa doença. Diante dos produtos gerados por essa tese, é possível concluir que a diminuição do papel do Estado pode contribuir para o aumento das iniquidades em saúde, tanto para as demandas crônicas, quanto emergentes, já a implementação de políticas de equidade compensatória, como o PBF podem ajudar a prevenir desfechos adversos em saúde, como a mortalidade por câncer de boca. A tese evidencia a importância de políticas públicas, a exemplo do SUS e do PBF, para a redução de iniquidades em saúde.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1159347 - BRUNO LUCIANO CARNEIRO ALVES DE OLIVEIRA
Presidente - 1651131 - ERIKA BARBARA ABREU FONSECA THOMAZ
Interno - 1096903 - MARIA TERESA SEABRA SOARES DE BRITTO E ALVES

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