PGSC/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELIANA HARUMI MORIOKA TAKAHASI
DATA: 16/09/2020
HORA: 08:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA ASSOCIADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA
PALAVRAS-CHAVES: Zika vírus; crescimento e desenvolvimento; transtornos do neurodesenvolvimento; atividade motora; paralisia cerebral
PÁGINAS: 178
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: INTRODUÇÃO: A síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) leva à disrupção do desenvolvimento cortical cerebral, com graves sequelas neurológicas; seu espectro e prognóstico são ainda desconhecidos OBJETIVO: Avaliar a evolução do perímetro cefálico (PC) e desenvolvimento da função motora grossa de crianças com SCZ nos primeiros anos de vida. MÉTODOS: Trata-se de uma coorte de crianças com SCZ acompanhadas no NINAR – Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação, no estado do Maranhão. As medidas antropométricas de 38 crianças foram coletadas a partir de entrevista realizada com os responsáveis pelas crianças e de revisão do prontuário. Foram ajustados diferentes modelos de efeitos mistos, tendo como variável dependente o z-escore do perímetro cefálico (PC) e variável explicativa a idade da criança i no instante j. Foi escolhido aquele com menor AIC. A avaliação da função motora grossa de 100 crianças foi realizada utilizando-se a Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e a Medida da Função Motora Grossa – GMFM-88 e GMFM-66. 46 crianças foram reavaliadas. Utilizou-se o teste de Wilcoxon e o teste de Wilcoxon para amostras pareadas. RESULTADOS: O modelo ajustado para o z-escore do PC mostrou redução não linear do z-escore do PC nos primeiros anos de vida das crianças com SCZ. A proporção de crianças com microcefalia aumentou de 67,7% ao nascimento para 100% aos seis meses de idade, 96,2% aos 12 e 91,3% aos 24 meses de idade. A mediana do GMFM-88 foi de 8,0 (5,4-10,8) e do GMFM-66 foi de 20,5 (14,8-23,1); 89% das crianças foram classificadas como GMFCS V. Classes econômicas mais baixas, microcefalia ao nascimento, epilepsia e redução do volume do parênquima cerebral foram associados a menores escores do GMFM-66. A criança classificada como GMFCS nível III, uma criança classificada como GMFCS nível IV e o grupo de crianças classificadas como GMFCS nível V não tiveram mudança significativa da função motora grossa. CONCLUSÃO: O z-escore do PC diminui nos três primeiros anos de vida. Quase todas as crianças com SCZ avaliadas apresentaram quadro grave de paralisia cerebral. No terceiro ano de vida, a maioria não apresentou ganhos na função motora grossa e provavelmente se encontra próximo de seu potencial motor.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407662 - ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS
Presidente - 1096903 - MARIA TERESA SEABRA SOARES DE BRITTO E ALVES
Externo à Instituição - PATRICIA DA SILVA SOUSA - UFMA
Co-orientador - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES