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Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLOS MARTINS NETO

2020-12-30 15:37:00.857

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS MARTINS NETO
DATA: 01/02/2021
HORA: 10:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: DISCRIMINAÇÃO PERCEBIDA E ATIVIDADE FÍSICA ENTRE ADOLESCENTES DE UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO
PALAVRAS-CHAVES: Discriminação. Atividade física. Transtornos mentais. Adolescentes.
PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: A discriminação representa importante fator de risco a saúde física e mental ao aumentar os níveis de estresse entre os indivíduos discriminados. Entre adolescentes, os efeitos da discriminação podem se repercutir tanto na fase de vida atual quanto futura, ao afetar a adesão a fatores de proteção à saúde como a prática da atividade física. Objetivo: Esta pesquisa investigou a associação entre discriminação percebida e atividade física entre adolescentes do município de São Luís – MA. Métodos: Estudo transversal, com dados de 2.484 adolescentes (18 e 19 anos) da coorte de São Luís, Maranhão avaliados em 2016). Foram estimadas as prevalências para seis tipos de discriminação (raça, sexo, religião, preferência sexual, doença/deficiência ou renda), e segundo variáveis socioeconômicas, demográficas, estilos de vida e avaliação da saúde. Estimaram-se a associação entre as variáveis de interesse e a discriminação por meio de modelos de regressão de Poisson, em que foram apresentados Razões de Prevalência (RP) e Intervalo de Confiança 95% (IC95%). Também se utilizou de modelagem com equações estruturais para verificar o efeito direto da discriminação sobre a prática de atividade física, medida através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e o efeito indireto mediado pelos Transtornos Mentais Comuns (TMC). Este foi empregado na modelagem como variável mediadora e foi medida por meio do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). As associações foram verificas por meio de Coeficientes Padronizados (CP) e p-valor (α=0,05). Resultados: A prevalência de discriminação à pelo um dos tipos avaliados foi 26,2%. As mais elevadas foram: religião (12,3%), raça (9,7%) e sexo (6,3%). Na análise ajustada, verificou-se as seguintes associações com a discriminação: sexo feminino (RP: 1,38; IC95%: 1,17-1,64), raça/cor preta (RP: 1,62; IC95%: 1,26-2,06), insegurança no bairro (RP: 1,30; IC95%: 1,06-1,59), não trabalhar nem estudar (RP: 0,82; IC95%: 0,68-0,99), pertencer a religiões evangélicas (RP: 1,41; IC95%: 1,15-1,71), espírita (RP: 2,49; IC95%: 1,09-5,66) ou umbandista/candomblecista (RP: 3,42; IC95%: 1,08-10,87), consumo de álcool de baixo risco (RP: 1,38; IC95%: 1,11-1,72), uso atual de drogas ilícitas (RP: 1,50; IC95%: 1,11-2,03) e piora da satisfação com a saúde (insatisfeito: RP: 1,44; IC95%: 1,15-1,80; e regular: RP: 1,20; IC95%: 1,08-1,54). No modelo de equações estruturais, a discriminação teve efeito pequeno na atividade física nas mulheres (CP = 0,105, p-valor = 0,005), efeito indireto mediado pelos TMC entre homens (CP = -0,024, p-valor = 0,017) e mulheres (CP = -0,024, p-valor = 0,015) e efeito total significativo somente nas mulheres (CP = 0,081, p-valor = 0,025). Conclusão: Importante prevalência e fatores associados a discriminação foi observada entre os adolescentes, e esta esteve associada de forma direta à atividade física entre mulheres e o TMC mediou a relação entre essas variáveis entre homens e mulheres, apontando que sua exposição pode afetar comportamentos de saúde em um período que pressões sociais e mudanças corporais afetam a saúde física e mental de adolescentes.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407209 - ANTONIO AUGUSTO MOURA DA SILVA
Presidente - 1159347 - BRUNO LUCIANO CARNEIRO ALVES DE OLIVEIRA
Interno - 927.413.047-34 - RUTH HELENA DE SOUZA BRITTO FERREIRA DE CARVALHO - UERJ

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