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Banca de DEFESA: CARLOS MARTINS NETO

2021-04-15 10:37:32.772

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS MARTINS NETO
DATA: 10/05/2021
HORA: 14:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: DISCRIMINAÇÃO PERCEBIDA E ATIVIDADE FÍSICA ENTRE ADOLESCENTES DE UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO
PALAVRAS-CHAVES: Discriminação. Atividade física. Transtornos mentais. Adolescentes.
PÁGINAS: 146
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: A discriminação representa importante fator de risco a saúde física e mental, ao atuar por mecanismos que reduzem o acesso a bens, serviços e práticas de saúde. Entre adolescentes, os efeitos da discriminação podem se repercutir tanto na fase de vida atual quanto futura, ao afetar a adesão a fatores de proteção à saúde como a prática da atividade física. Objetivo: Esta pesquisa investigou a prevalência e os fatores associados a discriminação percebida, e os efeitos dessa discriminação sobre a atividade física entre adolescentes do município de São Luís – MA. Métodos: Estudo transversal, com dados de 2.484 adolescentes (18 e 19 anos) da coorte de São Luís, Maranhão avaliados em 2016. Foram estimadas as prevalências para seis tipos de discriminação (raça, sexo, religião, preferência sexual, doença/deficiência ou renda), e segundo variáveis socioeconômicas, demográficas, estilos de vida e avaliação da saúde. Estimaram-se a associação entre as variáveis de interesse e a discriminação por meio de modelos de regressão de Poisson, em que foram apresentadas Razões de Prevalência (RP) e Intervalos de Confiança 95% (IC95%). Também se utilizou de Modelagem com Equações Estruturais para verificar o efeito direto da discriminação sobre a prática de atividade física, medida através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e o efeito indireto mediado pelos Transtornos Mentais Comuns (TMC). Este foi empregado na modelagem como variável mediadora e foi medido por meio do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). As associações foram verificas por meio de Coeficientes Padronizados (CP) e p-valor (α=0,05). Resultados: A prevalência de discriminação à pelo um dos tipos avaliados foi 26,2%. As mais elevadas foram: religião (12,3%), raça (9,7%) e sexo (6,3%). Na análise ajustada, verificaram-se maiores chances de discriminação entre o sexo feminino (RP: 1,37; IC95%: 1,16-1,64), pretos (RP: 1,58; IC95%: 1,24-2,01), de religiões evangélica (RP: 1,26; IC95%: 1,04-1,52), espírita (RP: 2,55; IC95%: 1,13-5,80), umbandista/candomblecista (RP: 3,51; IC95%: 1,12-12,03), inseguros no bairro (RP: 1,30; IC95%: 1,06-1,59), consumo de risco de álcool (RP: 1,36; IC95%: 1,09-1,70), uso atual de drogas ilícitas (RP: 1,46; IC95%: 1,05-2,02) e pior satisfação com a saúde (insatisfeito: RP: 1,44; IC95%: 1,15-1,80; e regular: RP: 1,20; IC95%: 1,08-1,54) e menor chance entre aqueles que não trabalham nem estudam (RP: 0,82; IC95%: 0,68-0,99). A discriminação esteve associada a maiores níveis de atividade física nas mulheres (CPdireto = 0,105, p-valor = 0,005), e associada a menor atividade física por via indireta pelo TMC entre homens (CPindireto = -0,024, p-valor = 0,017) e mulheres (CPindireto = -0,024, p-valor = 0,015). Conclusão: Elevada prevalência e fatores associados a discriminação foram observados entre os adolescentes, e esta esteve associada de forma direta à atividade física entre mulheres e o TMC mediou a relação entre essas variáveis entre homens e mulheres, apontando que sua exposição pode afetar comportamentos de saúde em um período que pressões sociais e mudanças corporais já afetam a saúde física e mental de adolescentes.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407662 - ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS
Presidente - 1159347 - BRUNO LUCIANO CARNEIRO ALVES DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - FABIO FORTUNATO BRASIL DE CARVALHO - INCA

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