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Banca de QUALIFICAÇÃO: TAMIRES BARRADAS CAVALCANTE

2021-07-20 09:47:23.602

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAMIRES BARRADAS CAVALCANTE
DATA: 30/07/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
TÍTULO: Síndrome da Zika Congênita: dados clínicos, crescimento, desenvolvimento motor e associação com a microcefalia ao nascer e epilepsia de difícil controle.
PALAVRAS-CHAVES: Zika Vírus; Microcefalia; Epilepsia; Crescimento; Transtornos das Habilidades Motoras.
PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: O presente estudo teve como objetivo analisar as características clínicas, crescimento e desenvolvimento motor de crianças com Síndrome da Zika Congênita até os 36 meses de idade, ao descrever essas características e verificar a associação entre estas e a microcefalia ao nascer e a epilepsia de difícil controle. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo de 110 crianças com Síndrome da Zika Congênita nascidas em maternidades do estado do Maranhão, Brasil, de março de 2015 a setembro de 2018, acompanhadas até os 36 meses de idade em um centro de referência em neurodesenvolvimento, assistência e reabilitação de crianças (NINAR). Os escores Z de perímetro cefálico das crianças diminuíram acentuadamente do nascimento aos seis meses de idade, ou seja, de -3,77 para -6,39 entre aquelas com microcefalia no nascimento e de -1,03 para -3,84 entre aquelas sem. Assim, os escores Z médios de perímetro cefálico de crianças nascidas sem microcefalia eram iguais aos de crianças nascidas com microcefalia. Crianças nascidas sem microcefalia eram menos propensas a ter danos cerebrais, anomalias oftálmicas e epilepsia de difícil controle, entretanto, a diferença entre microcefalia e muitas outras condições não foi estatisticamente significativa. Das 98 (90.7%) crianças que tiveram epilepsia, 65 (66,3%) foram de difícil controle. Os tipos de crise epiléptica que tiveram associação com a epilepsia de difícil controle foram as crises focais oculógiras e as crises generalizadas tônico-clônicas. Houve associação também entre a epilepsia de difícil controle e a microcefalia ao nascer, microcefalia grave, o excesso de pele na nuca, ventriculomegalia, redução do volume do parênquima cerebral e hipoplasia ou malformação do cerebelo. Distúrbio do sono, irritabilidade, choro contínuo, disfagia e função motora grossa foram sinais clínicos associados à epilepsia de difícil controle, assim como a presença de alterações oculares, o perímetro cefálico nos dois primeiros anos de vida e o peso nos primeiros seis meses. Conclui-se que crianças nascidas sem microcefalia eram apenas ligeiramente menos propensas a apresentar comprometimento neurológico grave e desenvolver microcefalia de início pós natal, e algumas diferenças originais entre os grupos com e sem microcefalia tendem a se dissipar com a idade. A epilepsia de difícil controle na síndrome da Zika congênita esteve associada ao grau de dano neurológico da criança, com destaque para a redução do volume do parênquima cerebral e danos no rombencéfalo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407209 - ANTONIO AUGUSTO MOURA DA SILVA
Externo ao Programa - 407634 - MARIZELIA RODRIGUES COSTA RIBEIRO
Externo à Instituição - PATRICIA DA SILVA SOUSA - UFMA

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