PGSC/CCBS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIA IRACILDA E SILVA VIANA
DATA: 06/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: WEBCONFERÊNCIA
TÍTULO: ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NO ESTADO DO MARANHÃO: A REORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE NA PERSPECTIVA DOS MUNICÍPIOS.
PALAVRAS-CHAVES: COVID-19; atenção primária à saúde; serviços de saúde; redes de atenção à saúde.
PÁGINAS: 163
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Saúde Pública
RESUMO: A pandemia da COVID-19 originária de Wuhan na China em dezembro de 2019 impactou fortemente os sistemas de saúde. Os países adotaram medidas de caráter urgente para suprir a demanda por leitos hospitalares, conter a velocidade da transmissão do vírus SARS-CoV-2, além de descobrir, produzir imunizantes em tempo ágil para vacinar a população. O Brasil que possui um sistema de saúde universal, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi bastante acometido. O estado do Maranhão, um dos mais pobres do Brasil, foi um dos primeiros a adotar providências em todos os níveis do sanitário ao social para controlar a pandemia. O objetivo do estudo foi analisar o enfrentamento da pandemia da COVID-19 na Rede de Atenção à Saúde no Maranhão sob a perspectiva dos municípios. Trata-se de um estudo ecológico, de base exploratória. Participaram do estudo 198 (91,2%) municípios dos 217 que compõe o estado, o que corresponde a 94,5% da população total do Estado (6.760.979). A coleta de dados foi realizada no período de junho a agosto de 2021 com o envio dos questionários para o endereço eletrônico das secretarias municipais de saúde. A plataforma usada para aplicação do questionário foi o Google Forms®, onde o instrumento foi digitado e disponibilizado. Para aumentar a adesão à pesquisa, foi solicitada por meio de ofício a colaboração do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) divulgando e solicitando aos gestores dos municípios que respondessem ao questionário. A equipe de pesquisa também realizou contato pelo aplicativo Whatsapp®, enviando o link do questionário. Além disso, foram coletados dados sobre leitos hospitalares e intensivos na base de dados do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) e informações sobre quantitativo de Equipes de Saúde da Família na base SCNES referentes ao período dezembro de 2019 (pré-pandemia) e agosto de 2019 (pandemia). Os resultados demonstraram que os municípios ampliaram as equipes de saúde da família durante a pandemia; que houve aumento expressivo em leitos hospitalares e complementares. A APS atuou como protagonista em relação a fluxos, orientação e acompanhamento a pacientes suspeitos e confirmados. Houve correlação positiva entre IDH-M e serviços ofertados (r=0,293 p<0,001); cobertura eSF e ampliação de profissionais (r=0,162 p<0,023); correlação negativa entre cobertura eSF e consultas na atenção básica (r=-0,210 p<0,003). A vacinação ocorreu com participação dos ACS na realização de cadastros (73,2%) e comunicação sobre vacinação com população (95,4%). Houve variação nas macrorregiões influenciada pelo IDH-M em estratégias que requeiram logística. Municípios com menor IDH apresentaram maior cobertura de eSF, com menor utilização de meios de comunicação. Pode-se concluir que a APS se torna imprescindível para o controle de situações epidêmicas, porém a articulação com outros pontos da atenção e suporte de apoio são igualmente importantes para o fortalecimento das ações destinadas a responder aos problemas de saúde da população, especialmente em cenários de epidemias. Investir em estratégias de comunicação e suporte logístico, além de favorecer a adesão da população e o registro de informações, pode contribuir para campanhas vacinais eficazes.
MEMBROS DA BANCA:
Co-orientador - 1406358 - CAROLINA ABREU DE CARVALHO
Externo à Instituição - JOSUE SOUZA GLERIANO - UNEMAT
Presidente - 1087018 - JUDITH RAFAELLE OLIVEIRA PINHO
Externo ao Programa - 2278498 - MARCELINO SANTOS NETO
Interno - 1096903 - MARIA TERESA SEABRA SOARES DE BRITTO E ALVES
Interno - 2242787 - SARA FITERMAN LIMA