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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOYCILENE GARCES CANTANHEDE

2023-06-13 08:28:32.851

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOYCILENE GARCES CANTANHEDE
DATA: 27/06/2023
HORA: 08:00
LOCAL: WEBCONFERÊNCIA
TÍTULO: ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: .
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania, predominante em áreas tropicais, subtropicais e regiões temperadas. Apresenta incidência global estimada de 50.000 a 90.000 casos novos anualmente, sendo o maior número de casos no Brasil, África e Índia. O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espaço-temporal da LV no Brasil no período de 2010 a 2019. O primeiro artigo é um estudo ecológico misto sobre os indicadores operacionais da LV no Brasil, a partir dos casos novos, com informações contidas no SINAN no período de 2010 a 2019. O segundo artigo é um estudo ecológico de séries temporais de todas as internações por LV notificadas no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), por local de residência, para todos os estados brasileiros no período de 2010 a 2019. Para a análise de tendência, utilizou-se o modelo de Prais-Winsten e para a análise espacial os índices Global e Local de Moran. No primeiro estudo, foram confirmados 33.195 casos novos de LV no Brasil. Observou-se tendência crescente (Coef = 0,020; p-valor = 0,01) no Brasil para coinfecção com LV-HIV. A região Norte teve tendência de redução para confirmação laboratorial (Coef = -0,003; p-valor < 0,001). A região Centro-Oeste obteve tendência decrescente para cura clínica (coeficiente = -0,005; p-valor = 0,012) inversamente a evolução ignorada (coeficiente = 0,028; p-valor = 0,008). Identificou-se clusters "alto-alto" para cura (Moran global = 0,309) e critério laboratorial (Moran global=0,302). No artigo 2 registrou-se 24.259 internações por LV entre 2010 e 2019. O menor número de casos ocorreu no estado do Amapá (4 casos), enquanto o maior número ocorreu no Estado do Maranhão (3.601 casos). As maiores taxas de internações foram observadas no Tocantins e a menores no Paraná. Houve tendência crescente da internação hospitalar por LV nos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Sul e Goiás, decrescente nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Os achados deste trabalho sugerem que a assistência ao paciente com LV sofre influência do espaço. O estudo da análise espacial dos indicadores operacionais da LV permitiu evidenciar a heterogeneidade e o padrão de distribuição geográfica desses indicadores em todo país. Os resultados apresentados reforçam que a LV continua sendo negligenciada que leva a maiores taxas de internação nos estados de maior vulnerabilidade social do país. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para a melhoria das ações de saúde, fornecendo elementos para a elaboração de estratégias com vistas à redução dos casos de LV e, consequentemente, internações, por meio do direcionamento de intervenções em áreas de maior risco, apoiando, desse modo, as ações de gestão em saúde pública.
MEMBROS DA BANCA:
Co-orientador - 2079504 - AUREAN D ECA JUNIOR
Presidente - 1146648 - EMANUEL PERICLES SALVADOR
Externo ao Programa - 1466874 - ISAURA LETICIA TAVARES PALMEIRA ROLIM
Interno - 1095586 - MARIA DOS REMEDIOS FREITAS CARVALHO BRANCO

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