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Banca de DEFESA: ALESSANDRA KARLA OLIVEIRA AMORIM MUNIZ

2023-06-23 13:26:34.885

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALESSANDRA KARLA OLIVEIRA AMORIM MUNIZ
DATA: 14/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: WEBCONFERÊNCIA
TÍTULO: Fatores associados a Traços de Alergia no segundo ano de vida: uma análise na coorte BRISA
PALAVRAS-CHAVES: 1. Rinite alérgica 2. Dermatite atópica 3.Alergia a alimentos 4.Modelagem de Equações Estruturais 5. Bebidas Adoçadas com Açúcar
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: As taxas de doenças alérgicas têm aumentado em crianças, sendo fortemente influenciada por exposições de risco no início da vida. Nesse período, fatores desfavoráveis podem alterar permanentemente e de forma irreversível o sistema imunológico, aumentando o risco de doenças alérgicas e de outras doenças não transmissíveis no futuro. Poucos são os estudos direcionados à investigação de fatores associados às doenças alérgicas nos dois primeiros anos das crianças; e dentre os existentes, os desfechos incluem apenas uma doença alérgica. Esta tese se propôs a construir um desfecho latente nominado de Traços de Alergia, constituído por três diagnósticos alérgicos (rinite alérgica, dermatite atópica e alergia alimentar), para alcançar o seu objetivo principal: analisar os fatores associados aos Traços de Alergia no segundo ano de vida das crianças da coorte BRISA. Para tanto, utilizou-se da Modelagem de Equações Estruturais, que é uma ferramenta analítica que além de possibilitar a análise do desfecho em forma de variável latente, reduzindo erro de aferição das doenças alérgicas isoladamente, potencializou a identificação de potenciais fatores associados a este desfecho nas análises dos dois artigos componentes desta tese. O primeiro artigo Factors associated with Allergy Traits around the 2nd year of life: a Brazilian cohort study, publicado na BMC Pediatrics, analisou os fatores pré e perinatais associados aos Traços de Alergia no segundo ano de vida das crianças da coorte de nascimento de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil (n=3644). Foram incluídas como variáveis exploratórias: cor da mãe, status socioeconômico, índice de massa corporal pré-gestacional, hipertensão, diabetes e fumo gestacional, idade gestacional, apgar de 5 minutos, peso ao nascer, tipo de parto e a Alergia Familiar, latente deduzida dos históricos familiares de rinite alérgica, dermatite atópica e asma. Melhor Situação Socioeconômica (SC=0,238; p<0,001) e maiores valores da Alergia Familiar (SC=1,224; p<0,001) foram associados aos maiores valores dos Traços de Alergia na criança. A hipertensão gestacional foi associada aos maiores valores dos Traços de Alergia na criança (SC=0,170; p=0,022) e o aleitamento materno exclusivo, foi proteção para o desfecho (SC= -0,191; p=0,001). No segundo artigo Sugar-Sweetened Beverages and Allergy Traits at Second Year of Life: BRISA Cohort Study, a ser submetido na Nutrients, analisando os dados da coorte de pré-natal de São Luís (n=1144), testamos a hipótese que a exposição precoce às bebidas ricas em açúcar de adição (BRAAs) aumentaria o risco de alergias no segundo ano de vida. A exposição precoce às BRAAs foi analisada em percentual de calorias diárias, com base nos dados do recordatórios de 24 horas, e incluiu sucos de frutas industrializados (excluindo os sucos 100% de fruta), refrigerantes e achocolatados prontos. Outras variáveis analisadas foram: status socioeconômico, idade da criança, escore-z do índice de massa corporal por idade, episódios de diarreia e aleitamento materno. O maior consumo percentual de calorias diárias provenientes das BRAAs foi associado aos maiores valores dos Traços de Alergia (SC=0,174; p=0,025). O aumento da idade (SC=-0,181; p=0,030) reduziu os valores de Traços de Alergia. Episódios de diarreia correlacionaram-se com as características alérgicas na criança (SC=0,287; p=0,015). Nossos achados dão suporte para que a investigação dos fatores de risco para alergia deva começar nas primeiras fases da vida, sugerindo a adoção de estratégias que impactem na hipertensão gestacional, no aleitamento materno exclusivo e na não-exposição às bebidas BRAAs no início da vida. A variável latente Traços de Alergia proposta neste trabalho não se direcionou à implementação clínica no diagnóstico, mas ao desenvolvimento de estudos epidemiológicos, que assim como os desenvolvidos nesta tese, poderão identificar fatores de risco e de proteção com maior consistência e fomentar estratégias de prevenção na atenção à saúde de neonatos e crianças.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1210245 - CECILIA CLAUDIA COSTA RIBEIRO DE ALMEIDA
Interno - 1983977 - ROSANGELA FERNANDES LUCENA BATISTA
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES
Externo ao Programa - 600.373.713-12 - LORENA LÚCIA COSTA LADEIRA
Externo à Instituição - ELCIO DOS SANTOS OLIVEIRA VIANNA - USP

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