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Banca de DEFESA: JOYCILENE GARCES CANTANHEDE

2023-09-12 11:24:08.784

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOYCILENE GARCES CANTANHEDE
DATA: 28/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose Visceral; Epidemiologia; Análise Espacial; Estudos de Séries Temporais; Estudos ecológicos.
PÁGINAS: 97
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Epidemiologia
RESUMO: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania, predominante em áreas tropicais, subtropicais e regiões temperadas. Apresenta incidência global estimada de 50.000 a 90.000 casos novos anualmente, sendo o maior número de casos no Brasil, África e Índia. O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espaço-temporal da LV no Brasil no período de 2010 a 2019. O primeiro artigo é um estudo ecológico misto sobre os indicadores operacionais da LV no Brasil, a partir dos casos novos, com informações contidas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2010 a 2019. O segundo artigo é um estudo ecológico de séries temporais de todas as internações por LV notificadas no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), por local de residência, para todos os estados brasileiros no período de 2010 a 2019. Para a análise de tendência, utilizou-se o modelo de Prais-Winsten e para a análise espacial os índices Global e Local de Moran. No primeiro estudo, foram confirmados 33.195 casos novos de LV no Brasil. Observou-se tendência crescente (Coef = 0,020; p-valor = 0,01) no Brasil para coinfecção com LV-HIV. A região Norte teve tendência de redução para confirmação laboratorial (Coef = -0,003; p-valor < 0,001). A região Centro-Oeste obteve tendência decrescente para cura clínica (coeficiente = -0,005; p-valor = 0,012) inversamente a evolução ignorada (Coef = 0,028; p-valor = 0,008). Identificou-se clusters "alto-alto" para cura (Moran global = 0,309) e critério laboratorial (Moran global=0,302). No artigo 2 registrou-se 24.259 internações por LV de 2010 e 2019. O menor número de casos ocorreu no estado do Amapá (4 casos), enquanto o maior número ocorreu no Estado do Maranhão (3.601 casos). As maiores taxas de internações foram observadas no Tocantins e a menores no Paraná. Houve tendência crescente da internação hospitalar por LV nos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Sul e Goiás, decrescente nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Os achados deste trabalho sugerem que a assistência ao paciente com LV sofre influência do espaço. O estudo da análise espacial dos indicadores operacionais da LV permitiu evidenciar a heterogeneidade e o padrão de distribuição geográfica desses indicadores em todo país. Os resultados apresentados reforçam que a LV continua sendo negligenciada no país pois apresenta elevado número de casos e altas taxas de internação hospitalar. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para a melhoria das ações de saúde, fornecendo elementos para a elaboração de estratégias com vistas à redução dos casos de LV e, consequentemente, internações, por meio do direcionamento de intervenções em áreas de maior risco, apoiando, desse modo, as ações de gestão em saúde pública.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADRIANA SOUSA RÊGO - UNICEUMA
Co-orientador - 2079504 - AUREAN D ECA JUNIOR
Presidente - 1146648 - EMANUEL PERICLES SALVADOR
Interno - 551391 - FERNANDO LAMY FILHO
Externo à Instituição - LIVIA DOS SANTOS RODRIGUES - HU-UFMA
Interno - 1983977 - ROSANGELA FERNANDES LUCENA BATISTA

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