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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAEL HENRIQUE SILVA BARROS

2014-07-11 12:16:51.634

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAEL HENRIQUE SILVA BARROS
DATA: 18/07/2014
HORA: 09:00
LOCAL: sala de aula do Mestrado PPGHIS
TÍTULO: Fuzilamentos no Sertão Maranhense (1921): “conspiração” política e repressão oligárquica nos escritos jornalísticos de José do Nascimento Moraes.
PALAVRAS-CHAVES: História, Primeira República, Maranhão, Política, Oligarquia, Intelectual.
PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: Pretendemos analisar os discursos expressos nos artigos escritos pelo jornalista maranhense José do Nascimento Moraes, pelo jornal Diário de São Luís, durante o segundo semestre de 1921. Este período foi marcado pelos acontecimentos da repressão, levada a cabo pelas tropas policiais do estado, a uma “conspiração” política contra o então governador Urbano Santos, que estaria sendo liderada por um lavrador de nome Manoel Bernardino de Oliveira. As ações das tropas policiais do estado resultaram nos fuzilamentos de quatros homens, no povoado chamado Matta, cidade de Codó. À época, Urbano Santos era o governador do Maranhão, e principal liderança oligárquica do estado. O jornal Diário de São Luís, fundado em outubro de 1920, tinha Nascimento Moraes como redator-chefe e, desde seu surgimento, vinha fazendo fortes críticas ao governo de Urbano Santos. Nascimento Moraes se trona um dos principais articuladores do discurso de oposição ao domínio político no Maranhão liderado pelo então governador. Em fins de julho de 1921, chegam notícias, através de telegramas enviados ao governador, por seus partidários, procedentes das cidades Codó e Barra do Corda, as quais o informava que um homem de nome Manoel Bernardino de Oliveira estaria organizando uma “conspiração” no povoado da Matta, nas proximidades de Codó, cujo objetivo era armar um grande número de homens para depor pelas armas o governador Urbano Santos. Tendo em vista os telegramas em tons alarmantes, o governador maranhense resolveu enviar uma tropa policial, sob o comando dos tenentes Antônio Henrique Dias e Taurino Lobão Lemos, para reprimir a possível “conspiração”. O resultado dessa operação policial foi os fuzilamentos de quatro homens. A partir das notícias de tais fuzilamentos, Nascimento Moraes vai intensificar sua campanha oposicionista, principalmente após o tenente Henrique Dias ter declarado que cometera os fuzilamentos porque tinha autorização do próprio governador para cometê-los, caso encontrasse resistência da parte dos “revoltosos”. Nesse sentido, visamos analisar os artigos escritos por Nascimento Moraes, acerca dos referidos fuzilamentos na Matta, tentando compreender os discursos colocados em circulação por esse jornalista, suas “leituras” do domínio político do governador Urbano Santos. Entendemos que, tendo em vista que Nascimento Moraes já vinha fazendo oposição ao governador maranhense, o caso da Matta pode ser lido como um acontecimento que servira para esse jornalista intensificar suas críticas à administração do governador Urbano Santos. Cabe ressaltar que tais acontecimentos, os fuzilamentos se deram em 6 de agosto (1921), se deram na proximidade das eleições estaduais, que ocorreriam em 1° setembro daquele ano. Os membros do Partido Republicano Maranhense, que faziam oposição ao governador Urbano Santos e tinham relações com Nascimento Moraes, concorreriam as eleições com os candidatos “situacionistas”. Desse modo, os discursos de Nascimento Moraes foram colocados em circulação num contexto político marcado pelas proximidades das eleições estaduais. Sendo assim, tencionamos ainda investigar o contexto político maranhense, no qual estava inserido Nascimento Moraes, para uma melhor compreensão de sua atuação política. Uma vez expostos nossos objetivos, é importante informar que nossas “fontes” para análise serão basicamente jornais. Escolhemos três jornais para analisarmos: O Diário de São Luís Diário, o Oficial do Maranhão e O Jornal.A escolha destes dois últimos jornais, “situacionistas”, se deve ao fato de termos percebido ao longo de nossas pesquisas que eles apresentam seus discursos como defesa do governador e, consequentemente, como contraponto aos discursos de Nascimento Moraes. Em relação à metodologia de análise pretendemos utilizar as orientações teórico-metodológicas de Mikhail Bakhtin para análise de discurso. As noções desse autor para análise de texto, tendo em vista uma “perspectiva dialógica”, na qual se deve levar em conta o contexto político-social no qual o texto é escrito, bem como a ideia que os textos expressam disputas ideológicas de determinados grupos, em conflitos de ideias, poderá nos ajudar nas leituras das nossas “fontes”.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSE HENRIQUE DE PAULA BORRALHO - UEMA
Presidente - 1753658 - MARIA IZABEL BARBOZA DE MORAIS OLIVEIRA
Interno - 1494522 - REGIA AGOSTINHO DA SILVA

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