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Banca de QUALIFICAÇÃO: CHRISTOFFERSON MELO CUNHA DE OLIVEIRA

2022-07-20 12:07:02.891

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CHRISTOFFERSON MELO CUNHA DE OLIVEIRA
DATA: 27/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: ILEGALIDADE E ESCRAVIDÃO: africanos e os caminhos da liberdade no Maranhão (1841-1886)
PALAVRAS-CHAVES: Africanos. Cordulina. Thereza. História Atlântica. Ribeira do Itapecuru. Capitalismo. Algodão.
PÁGINAS: 126
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: Este trabalho tenta analisar, através do filtro das trajetórias das escravizadas Cordulina e Thereza, alguns elementos da escravidão na região conhecida na historiografia como Ribeira do Itapecuru, no interior da Província do Maranhão, no período compreendido entre 1841 e 1886. Entre esses elementos, as estratégias utilizadas por africanos em situação de escravização para a conquista da liberdade, as brechas no sistema jurídico que permitiram a africanos discutirem em juízo suas condições de existência e a serem ouvidos, o tráfico ilegal de africanos, a produção de commodities, especialmente de algodão e as interconexões existentes entre suas chegadas ao Maranhão e o capitalismo industrial global. Essas trajetórias, assim como a de outros africanos em situação de escravização, são analisadas sob o filtro da microhistória e a teoria da Segunda Escravidão de Dale Tomich, proporcionando uma perspectiva de análise que pode ser útil para o estudo da escravidão do Maranhão. Nesse sentido, a pesquisa usa como ponto de partida as experiências de Cordulina, africana, aportada para o Maranhão no Porto de Cacheo, no ano da Guerra dos Bem-ti-vis, desembarcada na Praia do Desterro e depois recambiada até a Fazenda Remédios, de propriedade do Comendador Fabio Gomes da Silva Belfort. Após a morte deste, foi novamente recambiada até a Fazenda Sardinha, de propriedade do Dr. Felippe Joaquim Gomes de Macedo, de onde sai para lutar pela sua liberdade e de suas filhas e netas. A pesquisa se vale, ainda, da trajetória de Thereza, africana de nação Cabinda, moradora da Vila de Coroatá, que busca a ajuda do negociante e ex-vereador João Gonçalves Ferreira Nina para requerer sua liberdade ao juiz municipal do Termo. Os relatos de Cordulina, Thereza e de seus malungos, encontrados nas ações de liberdade, possuem muitos pontos em comum. Com o auxílio de outras fontes, a pesquisa busca discutir, assim, as conexões entre a experiência da escravidão vivenciada por Cordulina, Thereza e outros africanos e a produção de algodão no Maranhão. Ainda, numa perspectiva de capitalismo histórico, entender o universo social e econômico da região por onde Cordulina e Thereza transitaram e viveram, qual seja, as vilas de Coroatá, São Luís Gonzaga e Codó, inseridas no contexto da cotonicultura no Maranhão. Para entender o cenário, trazemos também à baila os conceitos da Global History, haja vista o Maranhão ser região privilegiada para estudos sobre conexões atlânticas e processos pluridimensionais de grande escala, entre eles as diásporas africanas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1852177 - LUIZ ALBERTO ALVES COUCEIRO
Externo à Instituição - LUIZ FERNANDO SARAIVA - UFF
Interno - 1494522 - REGIA AGOSTINHO DA SILVA

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