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Banca de DEFESA: DANIEL BARCELOS DA CUNHA

2019-08-02 09:34:19.958

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIEL BARCELOS DA CUNHA
DATA: 14/08/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório da Pós-Graduação
TÍTULO: “HOMOSSEXUALIDADE É...”: discursos de professores e professoras de Ciências sobre o tema da homossexualidade
PALAVRAS-CHAVES: Homossexualidade. Ensino de Ciências. Homofobia. Estudos Culturais em Educação.
PÁGINAS: 195
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Esta pesquisa buscou analisar os discursos de professores e professoras de Ciências do 6° ao 9° ano de escolas públicas municipais de São Luís – MA sobre o tema da homossexualidade. Para tanto, objetivou-se compreender as concepções dos/as docentes acerca da homossexualidade e sua abordagem nas aulas de Ciências; verificar como percebem a presença do tema na escola e problematizar a importância de se discutir o tema, tendo como aporte teórico-metodológico os Estudos Culturais em Educação. Realizamos entrevistas semiestruturadas com dez docentes de escolas do Núcleo Itaqui/Bacanga. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à técnica de análise de conteúdo, que auxiliou na construção de seis categorias de análise que envolvem: as concepções dos/as professores/as sobre a homossexualidade; percepções sobre o sujeito homossexual; presença do tema na escola; percepções sobre a homofobia; o que diriam sobre o tema em uma aula de Ciências e como discutiriam a temática em suas aulas. Após a análise, foi possível perceber que o viés biologicista acerca do tema é marcante, sendo a homossexualidade relacionada a determinismos biológicos e genéticos, ou adquirida do ambiente no que envolve a criação ou traumas referentes a abuso sexual ou decepção amorosa, e relacionada a atração e prática sexual restrita. No entanto, outros discursos demonstraram a percepção da homossexualidade como uma condição afetivo-sexual. A homossexualidade na escola é mais percebida em relação aos meninos em consequência de marcas como o comportamento afeminado. Meninas lésbicas não são percebidas. O caráter normalizador da escola é demonstrado pelo silenciamento do tema nas aulas de Ciências, e pela tentativa de controle daqueles alunos que têm comportamento subversivo, que chama a atenção dos/as professores/as. E tenta-se controlá-los supondo que, somente assim, serão respeitados. Alguns/mas docentes trabalhariam o tema de formas que levem a desconstrução de visões distorcidas, estimulando alunos/as a se colocarem no lugar do outro. Com a realização desta pesquisa, foi possível perceber que, mesmo que haja docentes com uma visão mais conservadora, existem outros/as que consideram a importância da abordagem do tema nas aulas de Ciências para combater o preconceito, embora tal abordagem ainda não seja uma realidade. Assim, diante do atual cenário, vemos a possibilidade de alguns/mas docentes desenvolverem um trabalho de resistência e voltado para o respeito, alteridade e desconstrução de preconceitos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 530.079.133-49 - JACKSON RONIE SA DA SILVA - UEMA
Interno - 1856471 - MARIANA GUELERO DO VALLE
Externo à Instituição - Marcia Cristina Gomes - UEMA

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