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Banca de QUALIFICAÇÃO: EMILY CRISTINA SILVA SOUSA RAMOS

2021-05-09 16:24:35.715

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMILY CRISTINA SILVA SOUSA RAMOS
DATA: 13/05/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Em sala virtual - Google Meet
TÍTULO: A Arte no Ensino da Química: a linguagem que transforma?
PALAVRAS-CHAVES: Ensino, Ciencias, Artes, Química.
PÁGINAS: 33
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Há, em conformidade com a concepção positivista, um profundo hiato entre o mundo das verdades, ou científico, e o universo das emoções e da estética (Artes). Esta separação, superdimensionada no modelo educacional tecnologicamente orientado, ou de caráter exclusivamente profissional, concebe o aluno apenas pelo seu viés cognitivo, e de modo parcial, com capacidade apenas para absorver conhecimentos e sem expressão individual alguma. Tal modelo mente-esponja, priva o aluno da sua criatividade, limita o processo de apropriação cultural, impede o aluno de ser o sujeito da sua construção e encurrala o professor na condição de mero explicador de conteúdo. Não haverá beleza no fazer científico? Não causa encantamento o descobrir que, na fornalha de uma locomotiva, ao acender dos carvões de pedra, brilham raios de sol extintos há milênios? O ato de educar não é um ato de comunicação? A Arte não engloba todas as formas de expressão humana? Como dissociar, então, Ciência e Arte? Para superar equívocos de uma educação unilateral, cognitiva, pautada no determinismo e na causalidade, apenas, é necessário repensar a dualidade Ciência-Artes, razão-subjetividade. Os documentos normativos da educação brasileira já apontam a necessidade de uma educação integral, que contemple o aluno em completude, As últimas versões da Base Nacional Comum Curricular, apresentam a educação como a apropriação da cultura como conhecimento, a qual deve valorizar a ética, a criatividade, os costumes, crenças e o desenvolvimento pessoal e intelectual do aluno. Um objetivo desta natureza não se alcança com as perspectivas tradicionais, mas considerando alternativas metodológicas capazes de propiciar a formação integral dos sujeitos, a exemplo do diálogo Ciência e Artes. Este trabalho busca a partir de uma abordagem qualitativa, documental, descritiva e exploratória, conhecer os possíveis diálogos entre Ciência e Artes na conjuntura educacional atual, reunindo concepções teóricas sobre o tema para discutir possíveis impactos na formação do cidadão crítico, reflexivo e participativo, além de investigar, entre os professores de Química das redes particular e pública de São Luís práticas de ensino usuais e concepções sobre a associação das linguagens artísticas no ensino de química como forma de favorecer o processo formativo. A literatura consultada apresenta que não os conteúdos apenas, mas as práticas de ensino que precisam ser observadas. Regra geral, o processo formativo está pautado no incentivo à memorização, ao conhecimento acabado, à passividade do aluno, à mecanização do processo ensino-aprendizagem. Estão esquecidos o contexto, as individualidades, as curiosidades a serem instigadas e alimentadas, o ensinar a pensar, a criticar, a analisar, a sintetizar. A própria continuidade da Ciência depende dos sonhos, inspirações e curiosidades destes jovens estudantes e não do triunfo da razão sobre a subjetividade. Arte, enquanto expressão humana, é meio de construção e inventividade, é poder criador. Ciência também não é mera explicação do mundo. É, antes, mente inventiva, observadora, capaz de representar a realidade dos fenômenos materiais por modelos subjetivos. Quantos estratégias experimentais, técnicas e aplicações não surgiram de mentes sonhadoras? A aspiração da Ciência de hoje é a arte da ficção, e a provável realidade do amanhã.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1285623 - CICERO WELLINGTON BRITO BEZERRA
Interno - 2858306 - CLARA VIRGINIA VIEIRA CARVALHO OLIVEIRA MARQUES
Interno - 2024374 - HAWBERTT ROCHA COSTA

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