Banca de DEFESA: LAURA CRISTINA FEITOSA DE CARVALHO
2025-11-04 14:30:38.572
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAURA CRISTINA FEITOSA DE CARVALHO
DATA: 04/11/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Programa de Pós-graduação em Educação - Sala de Multimídias
TÍTULO: AINDA SOMOS OS MESMOS E VIVEMOS COMO NOSSOS PAIS? Confetos da EJATEC sobre sexualidade
PALAVRAS-CHAVES: Sexualidade. Educação de Jovens e Adultos. EJATEC. Discurso. Sociopoética.
PÁGINAS: 141
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: A sexualidade está em tudo e em todos/as. Essa manifestação biopsicossociocultural, permeada por mistérios e significados, desperta o interesse de muitas pessoas, seja para compreendê-la, seja para silenciá-la. Refletir sobre a sexualidade implica reconhecer que ela é construída nas relações humanas, nas linguagens, nos afetos e nas práticas cotidianas. Com base nessa compreensão, esta pesquisa tem como objetivo geral compreender as concepções de sexualidade dos/as estudantes da EJATEC Liceísta a partir da perspectiva da Sociopoética. Especificamente, busca-se apresentar a Sociopoética como possibilidade metodológica e epistemológica para pesquisas sobre sexualidade, evidenciar como os/as estudantes da EJATEC expressam suas concepções de sexualidade por meio dos dispositivos criativos da Sociopoética e compreender os sentidos atribuídos à sexualidade pelos/as estudantes no contexto de suas vivências pessoais e coletivas. O estudo ancora-se nos pressupostos teóricos da Pesquisa Sociopoética de Jacques Gauthier (2020), nos conceitos de sexualidade de Michel Foucault (1988) e na pedagogia libertadora de Paulo Freire (2019), além de dialogar com outros/as autores/as que contribuem para uma educação crítica e emancipatória. Metodologicamente, a pesquisa foi construída coletivamente por meio de oficinas de inspiração artístico-pedagógica sobre sexualidade, desenvolvidas junto ao grupo-pesquisador composto por oito estudantes da EJATEC. A Sociopoética, enquanto abordagem participativa e sensível, reconhece o grupo-pesquisador como sujeito produtor de saberes e afetos, legitimando a experiência, o corpo e a coletividade como fontes de conhecimento. A partir dos dispositivos criativos e expressivos utilizados nas oficinas, foram construídos confetos, isto é, conceitos tecidos a partir das vivências, emoções e criações coletivas, que revelam aspectos significativos sobre a sexualidade dos/as estudantes, como o silenciamento familiar em torno da temática, os conflitos intergeracionais sobre valores e comportamentos sexuais e as possibilidades de diálogo e ressignificação no espaço educativo e familiar. As produções dos/as copesquisadores/as apontam que a Sociopoética possibilita não apenas a produção de novos confetos sobre sexualidade, mas também a criação de um espaço de escuta, expressão e reconhecimento dos saberes dos sujeitos. Assim, o estudo contribui para ampliar as discussões sobre a educação sexual no Brasil, reafirmando a importância de abordagens metodológicas que unam arte, ciência, sensibilidade e coletividade na produção de conhecimento.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407568 - IRAN DE MARIA LEITAO NUNES
Interno - 2152257 - EDINOLIA LIMA PORTELA
Interno - 2435698 - SIRLENE MOTA PINHEIRO DA SILVA
Externo ao Programa - 2309230 - CRISTIANO LEONARDO DE ALAN KARDEC CAPOVILLA LUZ