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Banca de QUALIFICAÇÃO: FERNANDA SILVA DA COSTA

2023-09-06 16:50:19.954

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDA SILVA DA COSTA
DATA: 04/10/2023
HORA: 09:30
LOCAL: Sala Virtual do Google Meet
TÍTULO: SABER LOCAL E EDUCAÇÃO MUSICAL: História e obra de compositoras afrodescendentes do Maranhão
PALAVRAS-CHAVES: Saberes locais. Educação Musical. Compositoras Afrodescendentes. Cultura Escolar Afrocentrada
PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: Este estudo objetiva conhecer a história e os saberes oriundos da produção musical de mulheres afrodescendentes do maranhão como Dona Teté do Cacuriá (1924-2011), Patativa (1937) e Célia Sampaio (1964), localizando a sua relação com o ensino da música afro-brasileira. De forma específica, aprofunda estudos sobre práticas musicais de compositoras brasileiras, evidenciando suas contribuições no reconhecimento de seus saberes na educação musical; identifica nos documentos legais que regem a Educação brasileira as diretrizes e normativas que tratam sobre temas como saber local e afrocentricidade na escola; busca conhecer a trajetória de mulheres afrodescendentes que atuaram/atuam na produção musical maranhense, evidenciando, por meio de narrativas, saberes oriundos de sua produção musical e analisa, nessas narrativas, possibilidades de incorporação desses saberes musicais nas práticas educativas de professores (as) da educação básica à educação superior. Tem como inquietação a disseminação, em espaços escolares, dos saberes locais produzidos por mulheres afro-maranhenses, pois mesmo com os avanços históricos em relação a figura feminina no campo artístico, estudos como os de Nochilin (2016), Grupelli (2008) mostram que pesquisas sobre a participação da mulher na arte nunca foram interesse de investigações ao longo do tempo, logo, a ausência de estudos faz entender que não houve grandes pintoras, escultoras, atrizes e compositoras na história, contribuindo para que raramente mulheres artistas, sobretudo as afrodescendentes, sejam temas explorados no contexto escolar. Possui base metodológica de natureza qualitativa e utiliza, como técnica de produção e análise de dados, a entrevista narrativa, a revisão bibliográfica e a análise documental, dialogando com autoras/es como Asante (2009; 2016), Lélia Gonzalez (2020), Walter Mignolo (2017), Bernardino-Costa (2016), Lugones (2014), Segato (2012), Aníbal Quijano (2005), dentre outras/os estudiosas/os que tratam sobre a epistemologia decolonial e afrocentrada, e, Queiroz (2020) sobre relações entre música e a perspectiva decolonial. Os resultados mostram que estudos sobre compositoras ainda são pouco desenvolvidos no Brasil, apenas 84 pesquisas sobre compositoras foram publicadas entre os anos de 1991 e 2019, enquanto sobre compositores foram publicados 1825 estudos (CAPES). Também, os estudos sobre compositoras raramente fazem uma conexão direta com a área da educação e com os saberes locais, além disso, as pesquisas envolvendo compositoras afrodescendentes são quase inexistentes. Os estudos sobre música e afrocentricidade mostram que o Ensino Superior e a Educação Básica devem abrir maiores espaços para práticas musicais que valorizem a pluralidade cultural visando uma formação antirracista e decolonial, pois, mulheres como Dona Teté do Cacuriá (1924-2011), Patativa (1937) e Célia Sampaio (1964), através da música, expressam saberes da cultura local a partir de influências da cultura africana e por meio de suas composições contribuem com a configuração da identidade cultural do povo maranhense e da diversidade artística do estado, cujos saberes precisam ser incorporados nos processos de escolarização da educação básica a educação superior.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3556517 - RAIMUNDA NONATA DA SILVA MACHADO
Interno - 407568 - IRAN DE MARIA LEITAO NUNES
Interno - 2435698 - SIRLENE MOTA PINHEIRO DA SILVA
Externo ao Programa - 1296451 - MARILDA DA CONCEICAO MARTINS

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