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Banca de DEFESA: FERNANDA SILVA DA COSTA

2024-03-07 11:43:58.088

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDA SILVA DA COSTA
DATA: 11/03/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: SABER LOCAL E EDUCAÇÃO MUSICAL: vozes de cantoras compositoras afrodescendentes do Maranhão
PALAVRAS-CHAVES: Compositoras. Educação Musical. Afrocentricidade. Saber local.
PÁGINAS: 232
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: O presente estudo analisa nas narrativas das compositoras afro-maranhenses Dona Teté do Cacuriá (1924-2011), Patativa (1937) e Célia Sampaio (1964), possibilidades de incorporação dos saberes musicais oriundos da produção musical das três cantoras/compositoras nas práticas educativas de professores (as) da educação básica à educação superior, incluindo a pós-graduação. De forma específica, esta pesquisa investiga estudos sobre práticas musicais de compositoras no Brasil; identifica nos documentos legais que regem a Educação brasileira as diretrizes e normativas que tratam sobre temas como saber local e afrocentricidade na escola e conhece a trajetória de mulheres afrodescendentes que atuaram/atuam na produção musical maranhense, evidenciando, por meio de narrativas, os saberes musicais oriundos de suas produções musicais e sua relação com o ensino da música afro-brasileira. Surge mediante a necessidade de divulgar saberes locais produzidos por mulheres afro-maranhenses em espaços escolares, pois mesmo com os avanços históricos em relação a figura feminina no campo artístico, estudos como os de Nochilin (2016), mostram que a participação da mulher na arte foi escassa e, as raras mulheres que produziam a “grande arte”, por exemplo, não foram suficientemente investigadas ao longo do tempo. Desde modo, vale a reflexão: se as produtoras da “grande arte” foram pouco investigadas, as artistas populares afrodescendentes foram ainda menos. Tem base metodológica de natureza qualitativa e utiliza como técnica de produção e análise de dados a entrevista narrativa, a revisão bibliográfica e a análise documental. Dialoga com autores como Lélia Gonzalez (2020), Walter Mignolo (2017), Bernardino-Costa (2016), Aníbal Quijano (2005), dentre outras/os estudiosas/os que tratam da sobre a epistemologia decolonial; Queiroz (2020), Sousa (2021) e Batista (2018) sobre relações entre música e a perspectiva decolonial e Asante (2009; 2016) no que se refere ao conceito de afrocentricidade. Os resultados mostram que estudos sobre compositoras ainda são pouco desenvolvidos no Brasil e que as pesquisas existentes raramente fazem uma conexão direta com a área da educação e com o recorte étnico racial. Os dados mostram ainda que o Ensino Superior e a Educação Básica devem abrir maiores espaços para práticas musicais que valorizem a pluralidade cultural visando uma formação antirracista e decolonial. Por fim, os resultados apontam que mulheres como Dona Teté do Cacuriá (1924-2011), Patativa (1937) e Célia Sampaio (1964), através da música, expressam saberes da cultura local a partir de influências da cultura africana e por meio de suas composições contribuem com a configuração da identidade cultural do povo maranhense e da diversidade artística do estado, cujos saberes precisam ser incorporados nos processos de escolarização da educação básica a educação superior.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3556517 - RAIMUNDA NONATA DA SILVA MACHADO
Interno - 407568 - IRAN DE MARIA LEITAO NUNES
Interno - 2435698 - SIRLENE MOTA PINHEIRO DA SILVA
Externo ao Programa - 1296451 - MARILDA DA CONCEICAO MARTINS

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